Em seu pronunciamento durante o pequeno expediente desta segunda-feira, 16, da tribuna do plenário Adriano Jorge da Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Mário Frota (PDT) foi o primeiro parlamentar a se manifestar contrário a retirada dos permissionários do Balneário da Ponta Negra pela prefeitura, no último final de semana, sem determinar espaço alternativo para alocar esses empreendedores que, em sua maioria, têm nessa atividade a única fonte de renda. A ação municipal provocou a demolição de 357 pontos comerciais, entre bares e barracas, acabando com mais de mil empregos direto.
Na mesma ocasião o vereador pedetista apresentou requerimento junto à mesa diretora da CMM convocando o prefeito da cidade, Amazonino Mendes, para explicar da tribuna da casa do legislativo municipal a retirada desses comerciantes. De acordo com o parlamentar, o prefeito está conseguindo reeditar o auge da ditadura militar ao usar da truculência e se sobrepor ao diálogo, comprometendo a democracia quando, na calada da madrugada, de afogadilho, mandou seus jagunços demolir as barracas instaladas na Ponta Negra. A estupidez da operação, lembra o vereador, é muito parecida com a manobra executada no governo do prefeito Arthur Neto, (1988-1992), que mandou quebrar barracas e confiscar mercadorias para retirar os ambulantes do centro da cidade. “Mas o tiro saiu pela culatra e o senador até hoje não conseguiu apagar o estigma de perseguir os camelôs”.
O vereador Mário Frota afirmou ainda que o prefeito precisa explicar seus atos autocráticos quando dá entender à população que é o “dono de Manaus” e seguidor de Hugo Chaves, ao instituir lei para cobrança de taxa de recolhimento do lixo residencial; quando interfere nos preços das passagens de ônibus; ao autorizar a derrubada de casas da população; quando manda bater nos feirantes que utilizam carrinhos de pedreiro para vender frutas e legumes ou, por exemplo, quando manda construir obras irregulares para abrigar vendedores ambulantes.
Para justificar a convocação de Amazonino Mendes diante da tribuna da CMM, Mário Frota lembra que o prefeito foi eleito pelo povo e a ele deve explicações, mas apesar disso usa o seu aparato para destruir o patrimônio particular, fruto de um trabalho honesto, que é o sonho de todo cidadão. “Antes de tomar essa atitude, de sorrelfa, a prefeitura como um todo, deveria conversar com os permissionários da Ponta Negra, que se encontram no local, sendo alguns, há mais de trinta anos”, finaliza o parlamentar.
Gabinete do vereador Mário Frota
Assessoria de Comunicação
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