terça-feira, 4 de junho de 2013

SERAFIM PROMETEU O ADOLPHO LISBOA EM OITO MESES

Prefeito Arthur Virgílio já determinou o dia e mês da entrega do Adolpho Lisboa:24 de outubro

Texto: Vereador Mário Frota*
Os permissionários do mercado foram enganados, tratados como trouxas, empurrados de onde trabalhavam há décadas, sob argumento de que logo estariam voltando ao seu lugar de trabalho.
Por mais que queira não consigo entender a razão legal que levou um membro do Ministério Público do Estado a entender que os antigos permissionários do Mercado Municipal Adolpho Lisboa não têm direito de retornar para suas bancas e boxes, onde antes trabalhavam. Na opinião do promotor o prefeito, após a inauguração, vai ser obrigado a realizar licitação.
Será que ninguém falou ao ilustre promotor que os permissionários foram enganados, tratados como trouxas, empurrados de onde trabalhavam há décadas, sob argumento de que logo estariam voltando ao seu lugar de trabalho?
Serafim Correia prometeu que, no máximo em oito meses, todos eles estariam de volta ao trabalho. Os pobres coitados foram desalojados e empurrados a labutar em áreas externas, local impróprio, sobrevivendo só Deus sabe até os dias que correm.
Os trabalhos avançavam, e tudo dava a entender que o prazo dado pela Prefeitura seria cumprido quando, de forma inesperada, eis que ocorreu uma desavença entre a Maria Arminda, então secretária da Manaustur, e Bepi Cyrino, superintendente regional do Ipahan no Amazonas, em torno do piso.
No meio da confusão, eu e o então senador Jefferson Peres, fomos até a sede do Ipahan na esperança de reatar o diálogo entre as partes e acabar com o incêndio. O dirigente do Ipahan nos recebeu muito bem e afirmou estar disposto ao diálogo desde que a Prefeitura cumprisse em usar as antigas pedras de liós na área destinada ao artesanato.
Horas depois procurei o Serafim e falei-lhe sobre as exigências do pessoal do Ipahan. O ‘Sarafa’ me fez ver que não iria ceder às pretensões do Ipahan, e que estava disposto a enfrentá-lo na Justiça. Ato contínuo voltei à presença do Jefferson e relatei-lhe  o  que havia ouvido do Serafim. O Jefferson ouviu e profetizou: “Mário, do jeito que vão as coisas a Justiça vai embargar a obra e, a partir daí, só Deus sabe quando os trabalhos serão recomeçados”.
Dito e feito!  O Serafim terminou o mandato e o mercado Adolpho Lisboa passou para a responsabilidade do Amazonino, que pouco se mexeu para concluir a obra iniciada pelo seu antecessor. Agora, finalmente, a coisa vai sair, aliás, já está andando a todo vapor, ao ponto do prefeito Arthur Virgílio já ter até mesmo estabelecido o dia e mês da sua entrega: 24 de outubro – aniversário da cidade de Manaus.   
Agora, o que não dá para entender, é o Ministério Público tentar impedir o retorno dos antigos permissionários do mercado Adolpho Lisboa, ou melhor, ao local onde por toda a vida trabalharam para sustentar os seus familiares. O que, em minha opinião, deveria fazer esse operoso defensor da lei seria obrigar a Prefeitura a indenizar os pobres permissionários, vítimas de falsas promessas, em especial desse demagogo que não deixou apenas o mercado Adolfo Lisboa inacabado, abandonado, mas toda a cidade mergulhada em lama e buracos.  

*Advogado;
*Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.