Fonte: http://www.portaldoholanda.com/noticia/3491-cancer-matasociode-amazonino.html
EI, VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA QUE ENVOLVE UM PEDREIRO ANALFABETO, QUE GANHOU EM 1972 UMA FORTUNA NA LOTERIA ESPORTIVA E FOI ENGANADO PELO HOJE PREFEITO AMAZONINO MENDES? SE NÃO CONHECE, CONFIRA ABAIXO. Há casos que não silenciam nunca. Eles não calam porque há sempre alguém para lembrar e pedir justiça. Um desses casos diz respeito à história de Antônio Alves do Carmo, homem humilde e analfabeto, mais conhecido por Antônio Pedreiro. Em verdade, quem melhor conheceu esse senhor, enterrado no dia 24 de março de 2009, na maior miséria, foi o prefeito Amazonino Mendes.
O que se sabe hoje, com pormenores sobre Antônio Pedreiro, foi relatado à reportagem do jornal Diário do Amazonas pela sua esposa, fato ocorrido no funeral do pobre coitado. Segundo ela, em 1972 o seu marido ganhou sozinho na Loteria Esportiva uma bolada que o deixou rico. Sem saber o que fazer com o dinheiro, Antônio Pedreiro procurou o Amazonino, a quem tinha conhecido quando fazia um trabalho na sua residência e, acertados, entrou como sócio da Arca Construções Ltda., empresa que, na época, era de propriedade do atual prefeito de Manaus.
O que eu já sabia por meio de outras pessoas que conheciam tais fatos é que, no início, o Amazonino cobriu o sócio, Antônio Pedreiro, com mimos de toda natureza, a exemplo de uma sala de trabalho ao lado da sua, carro com motorista e uma bela loura como secretária. Antônio Pedreiro sentiu-se no paraíso. De simples pedreiro agora era patrão e até um anel de ouro, com uma enorme pedra vermelha, podia ser vista num dos dedos da sua mão, agora com as unhas bem cortadas e pintadas.
O problema é que a festa do pedreiro Antônio não durou muito. Coisa de um ano depois descobriu que fora enganado, que estava pobre, e que fora despejado da empresa sem um centavo no bolso. O Amazonino usou a grana do Antônio Pedreiro, e depois, a exemplo do que se faz com uma laranja, espremeu, tirou tudo, e depois jogou o bagaço no lixo. Desesperado, Antônio Pedreiro passou a ganhar a vida vendendo picolé. Cheio de mágoas mergulhou na cachaça e virou um alcoólatra. Enquanto o pobre homem sofria horrores, o Amazonino ganhava dinheiro à rodo. Tempos depois entrou na política pelo braço de Gilberto Mestrinho, que o fez prefeito nomeado de Manaus, em 1983, e depois o elegeu governador do Estado em 1986.
Muitos sabem que esse fato é verdadeiro, mas quem duvidar, então que leia a matéria publicada no ano passado no Diário do Amazonas, sob o título MORRE “LENDA” DA POLÍTICA DO AMAZONAS, embasada em reportagem com a família de Antônio Pedreiro, por ocasião do seu funeral, ocorrido na Igreja Adventista do bairro de São Francisco. Fica-se sabendo que Antônio Pedreiro tinha mulher, onze filhos e inúmeros netos. Na reportagem Kátia Guimarães, a mulher de Antônio Pedreiro, afirma que depois que o Amazonino enganou o seu marido, ele passou a perambular pelas ruas embriagado. Anos depois a família conseguiu resgatá-lo e, a partir daí, ele passou a viver graças a um benefício pago pelo INSS ao idoso no valor de R$ 466,00.
Depois de enganar e abandonar Antônio Pedreiro à própria sorte, o Amazonino Mendes foi por três vezes governador do Estado, prefeito de Manaus, também por três vezes, e Senador da República. Ora, por que, com tanto poder e dinheiro nas mãos, nesse meio tempo não ajudou o Antônio Pedreiro e a sua família? Como pode uma pessoa dessas dormir sem ter pesadelos? Algumas pessoas nascem para o mundo da luz, outras para viver nas trevas, enganando o próximo, a exemplo do Amazonino.
Por: vereador Mário Frota
Líder do PDT na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM
Fotos: http://www.portaldoholanda.com/noticia/3491-cancer-matasociode-amazonino.html