A BIOGRAFIA DO NEGÃO É RICA EM ARMAÇÕES. ELE E SEUS AMIGOS AGORA PARTEM PARA MAIS DUAS PESADAS, DOIS PODEROSOS CAÇA-NÍQUEIS, VIA TERCEIRIZAÇÃO: AS LOMBADAS ELETRÔNICAS E A ZONA AZUL. CONFIRA VOCÊ MESMO. Esse Amazonino é um ‘menino tão tolinho’ que dá pena. No seu terceiro governo tentou se armar de várias maneiras. A mais escandalosa dessas armações ocorreu quando tentou fazer o estado contratar uma empresa norte-americana, falida, para transportar, em balsas, o gás de Urucu para Manaus. Eu e o Eron Bezerra, à época, deputados estaduais, viramos bichos na Assembléia, batemos forte na bandalheira que estava em curso, e conseguimos impedir e desmoralizar o golpe que estava em marcha.
Depois armou a entrega do Porto de Manaus, numa bandeja de prata, para a família De Carli. A minha reação e do Eron de nada adiantou. O projeto foi aprovado pelos empregados dele na Assembléia, até com as vírgulas.
Outra safadeza foi a venda da Cosama, negociada por 180 milhões de reais. Somente para a empresa por ele contratada para intermediar o negócio, ‘um negócio da China’, como diziam os antigos, foram repassados a bagatela de 40 milhões de reais. Para o município de Manaus, o dono da concessão do serviço, míseros 12 milhões de reais, enquanto o Estado faturou o resto, ou seja, o equivalente a 128 milhões de reais.
O problema é que até a presente data ninguém sabe como foi gasto a dinheirama arrecadada com a venda da Cosama. Quem conhece mesmo o paradeiro da grana da venda da Cosama? Bem, o que se sabe, é que o gato comeu e saiu lambendo os beiços. Quem adivinhar o nome do gato ganha um prêmio.
Outra do Negão, quando governador, foi a venda do Banco do Estado do Amazonas (BEA), um banco de desenvolvimento com inestimáveis serviços prestados ao povo do estado, principalmente do interior. O ‘menino sabido’ vendeu o BEA para o Bradesco. Não adiantou de nada a grita dos funcionários do banco em reação ao crime que estava sendo perpetrado contra o Amazonas. Ele mandou o projeto para a Assembléia e os seus “dedicados lacaios” o aprovaram da forma como chegou à Assembléia. O BEA foi sucateado e depois vendido pelo Amazonino, enquanto o Banpará, o banco do vizinho estado do Pará continua firme, verdadeiro esteio de apoio à estrutura econômica daquela região.
Agora estamos de frente para mais outra picaretagem, conhecida por Zona Azul, que tem por objetivo organizar o estacionamento do centro de Manaus. A intenção é boa, mas, de boas intenções, o inferno está pavimentado. O que existe por trás é outra armação, da pesada: um negócio que envolve milhões de reais pelo prazo de 15 anos para a sua exploração. Trata-se de um caça-níquel tamanho gigante, capaz de fazer a felicidade do Al Capone, se estivesse vivo. O certo, seria o município explorar tal negócio, como já aconteceu no passado (na época do Estar), empregando os flanelinhas. O problema é que, controlado pelo município, não dá para roubar, pois os pagamentos do que é recolhido, a título de vendas de vagas para estacionamento e cobrança de multas, é feito via agências bancárias, em conta corrente da Prefeitura.
A preferência pela terceirização do negócio é porque o grosso da grana entra no bolso do dono da empresa que, a seguir, distribui parte do bolo com quem ele quiser. Daí a preferência de certos políticos pela terceirização.
Há outras mamatas em curso, esquemas que envolvem instalação de corujinhas, lombadas eletrônicas, e, ainda, a estranha preferência dele (do Negão), para construção do camelódromo dentro do Porto de Manaus, atualmente travado por decisão da Justiça Federal. Mas esse é outro capítulo a ser tratado mais adiante.
Por: vereador Mário Frota
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM
Líder do PDT na CMM