quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O AMAZONINO E OS DONOS DE ÔNIBUS SÃO CÚMPLICES

Por que o ônibus aqui é o mais caro da região Norte e Nordeste e um dos mais elevados do país, até mesmo do que o do Rio de Janeiro, cidade de mais sete milhões de habitantes?


Ontem, o Blog do Holanda publicou declaração do presidente da SMTU, Marcos Cavalcante, dando conta de que mais de 20 por cento dos ônibus que estão chegando à cidade não são novos. E agora, como é que fica a cara dos vereadores que há dois dias me enfrentaram na Câmara dizendo que renunciariam aos seus mandatos se esses ônibus não forem totalmente novos. Toda a polêmica surgiu depois que afirmei que não acreditava que esses ônibus, na grande maioria, fossem novos, mas tão somente recuperados em oficinas e maquiados como novos. Para provocá-los e deixá-los ainda mais furiosos, afirmei que renunciaria ao meu mandato se eles me provassem que as minhas acusações são inverídicas. Dito isso, ouviu-se a maior gritaria em plenário, todos da base do Amazonino, dizendo que eles sim é que renunciariam aos seus mandatos caso fosse encontrado um único ônibus que não fosse ‘zero quilômetro’.

Pelo visto, o Amazonino vai terminar perdendo grande parte da bancada dele na Câmara, fato legal que vai ajudar o povo a se livrar das garras de quem só adula e bajula o poder. Não acredito que façam isso, jamais, mesmo sendo comprovada a minha denúncia de que grande parte desses ônibus foi maquiada. O que acredito é que o povo, que anda de ônibus, nunca mais vote nessa turma que, na maior cara-de-pau, defende o aumento do ônibus convencionais para R$ 2,75 e dos executivos para R$ 5,50. Que alguém, por favor, me explique e me convença por que em Belém, Fortaleza e Brasília, cidades aproximadamente do tamanho de Manaus, a tarifa do ônibus é R$ 2,00? Não dá para entender principalmente se levarmos em conta que Manaus é a única cidade do país onde os proprietários de ônibus, que fazem o transporte coletivo, têm isenção sobre o óleo diesel usado nos veículos, em torno de 17 por cento do valor do litro. Ora, apesar de tal vantagem, por que o ônibus aqui é o mais caro da região Norte e Nordeste e um dos mais elevados do país, até mesmo do que o do Rio de Janeiro, cidade de mais sete milhões de habitantes?

O Amazonino e os donos de ônibus são parceiros, mais do que isso, são cúmplices. É como naquela história: Deus os fez, o vento os separou e o diabo os uniu, aqui, para explorar o nosso povo pobre que usa o ônibus para chegar ao seu trabalho.

Por: vereador Mário Frota (PSDB)

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

MÁRIO FROTA: “RENUNCIO MEU MANDATO SE TODOS OS ÔNIBUS FOREM NOVOS”

“O Amazonino e os donos de ônibus vão se dar bem; são velhos parceiros, ou melhor, comparsas”.

Ontem, da tribuna da Câmara, lancei um desafio ao prefeito Amazonino e à sua maioria esmagadora no plenário, que renuncio ao meu mandato de vereador se me for provado que os ônibus que estão chegando à Manaus são ‘zero quilômetro’ como eles trombeteiam na maior cara de pau.

Novos coisa nenhuma! Alguns sim, não duvido. No entanto, a maioria não é, pois que são ônibus de propriedade dessas empresas que, em outros Estados sofreram processo de maquiagem antes de serem mandados para cá. Outros, possivelmente, foram remendados por aqui mesmo, às escondidas, na calada da noite.

Dois fatos: primeiro, a denúncia feita pela jornalista Baby Rizatto, segundo a minha amiga, próximo à sua casa, à noite, ônibus estavam sendo pintados, ou seja, maquiados para entrar no sistema como novos. Segundo, o episódio envolvendo o vereador Waldemir José que flagrou, numa das garagens de Manaus, operários fazendo a mesma operação. Surpreendidos tomaram a máquina fotográfica do vereador e o empurraram para fora da garagem. Ora, por que tanta violência, pois, como diz o velho adágio popular: “quem não deve, não teme”.

Embora o mandato não seja meu, mas do povo, lancei o desafio ao prefeito Amazonino e aos donos de ônibus. O repto está feito. Caso provem que todos os ônibus que entraram recentemente em Manaus são ‘zero quilômetro’ renuncio o meu mandato e vou fazer outra coisa na vida.

E por que não acredito, distinto público. Por uma razão muito simples. Por ocasião da inauguração do finado Expresso, a empresa Eucatur conseguiu, mediante apresentação de notas fiscais, financiamento, pelo Banco da Amazônia (BASA), para compra de 20 ônibus articulados. O Banco pagou. Posteriormente a Polícia Federal descobriu a fraude, ou seja, os ônibus eram velhos, com 10 anos de uso e as notas fiscais frias, esquentadas no forno, como diz o povo.

Outra mutreta: eles, os proprietários de ônibus, aprontaram na administração do Serafim da qual eu era o seu vice, naquela história dos 500 ônibus que entraram em Manaus que eles diziam que eram novos. Alertei o Serafim que somente uns 15 a 20 por cento eram novos. Ele não me atendeu e deixou a coisa para lá. Resultado: pouco tempo depois os ônibus começaram a quebrar nas ruas da cidade, quando não a pegar fogo. Agora é a mesma coisa, nada mudou, a não ser o prefeito. O Amazonino e os donos de ônibus vão se dar bem; são velhos parceiros, ou melhor, comparsas. O único ferrado nessa história infame que se repete é o povo que precisa chegar e voltar do emprego nesses cacarecos.

Por: vereador Mário Frota (PSDB)

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

Câmara aprova transferência de "Memorial Encontro das Águas" para governo

O pro­jeto ar­quite­tônico foi todo ar­tic­u­lado na gestão do prefeito Ser­afim Correa, di­re­ta­mente pelo então vice-prefeito Mário Frota.

A Câ­mara Mu­nic­ipal de Manaus aprovou hoje, por una­n­im­i­dade, pro­jeto do Ex­ec­u­tivo Mu­nic­ipal que trans­fere o di­reito Real de Uso da área onde de­verá ser con­struído o Memo­rial En­contro das Águas o único pro­jeto ar­quite­tonico de Oscar Niemayer, con­sid­erado o mais im­por­tante ar­quiteto vivo pela Unesco e um dos dez mais im­por­tantes na história do mundo. O pro­jeto foi aprovado na Câ­mara para per­mitir que o gov­erno do es­tado possa con­struir a obra. O local escol­hido é pri­moroso: O mi­rante nat­ural do en­contro das águas, que foi eleito, re­cen­te­mente, uma das sete mar­avilhas nat­u­rais do planeta. Para o gov­erno pensar em ini­ciar a obra, o prefeito de Manaus terá que san­cionar o pro­jeto aprovado ontem na Ca­mara. Vale lem­brar que o pro­jeto ar­quite­tonico foi todo ar­tic­u­lado na gestão do prefeito Ser­afim Correa, di­re­ta­mente pelo ex-vice-prefeito Mário Frota.
Fonte: http://www.blogdafloresta.com/