Os permissionários da Feira do Artesanato, reunidos no gabinete do vereador Mário Frota.
Mário Frota: Nesse final de semana eu pesquisei,
pela internet, praticamente quase todas as feiras de artesanato do Brasil. Em
todos os centros históricos das capitais existem esse tipo feiras funcionando
normalmente. Qual o porquê da proibição aqui, em Manaus? Particularmente não
vejo problemas. Vamos nos reunir com o prefeito e, com certeza, encontraremos
uma solução para os feirantes da Eduardo Ribeiro.
O vereador
Mário Frota (PHS), recebeu hoje (16), no plenário da Câmara Municipal de
Manaus, uma comitiva com 52 associados da Feira de Artesanato e Produtos do
Amazonas dos Artesãos da Eduardo Ribeiro (Afapa), que funcionava todos os
domingos pela parte da manhã, na Avenida Eduardo Ribeiro, no Centro da cidade.
Com as reformas
que a Prefeitura Municipal de Manaus (PMM), está realizando no centro histórico
de Manaus, a Avenida Eduardo Ribeiro foi interditada para a retirada das
camadas de asfalto da via para a elevação do nível das pedras originais, como as
do tipo lioz e paralelepípedo. Com essa intervenção, a “Feira da Eduardo
Ribeiro”, como ficou mais conhecida, foi deslocada para as ruas Saldanha
Marinho e Joaquim Sarmento.
A Feira foi
fundada no dia 9 de julho de 2000 e funciona como uma espécie de shopping à céu
aberto. Atualmente possui 350 associados, gerando cerca de 5 mil empregos
direto e indireto. De acordo com o presidente da Afapa, Wigson Azevedo da
Silva, estudos realizados, em 2013, pela Secretaria Municipal do Trabalho,
Emprego e Desenvolvimento – Semtrad, a feira movimentou naquele ano cerca de R$
15 milhões, que foram injetados na economia do Estado. “Hoje esses números já
não são mais debutantes e ganharam maioridade com o constante aumento da nossa
clientela que buscam a qualidade dos nossos produtos e serviços”, destaca
Wigson.
Dentro do
perímetro da sua área de atuação, a feira mantém duas Cooperativas de plantas
medicinais e de decoração dos municípios de Rio Preto da Eva e Presidente
Figueiredo; quatro pontos de Rádio Taxi; quatro de Mototaxistas, três pontos de
fornecedores de gelo; seis equipes de montagem e desmontagens de stands; oito
jornaleiros; 120 ambulantes; além das ‘lojas âncoras’ como: Carrefour, City
Lojas, Ramsons, Sapatarias Di Santini e Classe, dentre outras.
Todos os
domingos a Feira da Eduardo Ribeiro recebia um público flutuante de 5 mil
pessoas em datas não comemorativas. No Dia das Mães, Dia das Crianças, Dia dos
Namorados, por exemplo, o público tende a dobrar. “Agora, com a mudança de
endereço a nossa Feira perdeu o atrativo. Domingo passado saí de lá com R$
215,00 de faturamento. Esse dinheiro não paga nem a montagem, desmontagens e
frete dos stands e produtos. Se continuar assim vamos todos à falência”,
destaca Wgson.
A estrutura
física da Feira está divida em oito setores, com duas praças de alimentação;
setores de cama, mesa e banho; têxtil; artesanato e artes plásticas; sebo de
livros, antiguidades e arte indígena; bijuterias; bolsas e acessórios.
Durante a
reunião no plenário o vereador Wilker Barreto, presidente da CMM, designou os
vereadores Mário Frota e Elias Emanuel (PSDB) para se reunir com o prefeito de
Manaus, Arthur Neto (PSDB), juntamente com a comitiva da Feira para tentar
encontrar uma solução para o problema, já que os técnicos do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) são contra a permanência da
Feira na Eduardo Ribeiro “para não descaracterizar o projeto original”.
Para o
vereador Mário Frota, o prefeito de Manaus, Arthur Neto, é um político comprometido,
muito sensível com os problemas de Manaus e certamente vai encontrar uma
solução para essa situação. “Nesse final de semana eu pesquisei, pela internet,
praticamente quase todas as feiras de artesanato do Brasil. Em todos os centros
históricos das capitais existem esse tipo feiras funcionando normalmente. Qual
o porquê da proibição aqui, em Manaus? Particularmente não vejo problemas.
Vamos nos reunir com o prefeito e, com certeza, encontraremos uma solução para os
feirantes da Eduardo Ribeiro”, destaca Mário. (Por: Roberto Pacheco – MTb 426).