sexta-feira, 20 de setembro de 2013

MANAUS TERÁ R$ 120 MILHÕES DE INVESTIMENTO EM GÁS NATURAL VEICULAR NOS PRÓXIMOS TRÊS ANOS




Mário Frota: “O gás está aí há quase cinco anos e a população ainda não foi beneficiada. É preciso debater com segmentos do setor qual a melhor forma do gás ser usado e entender que o uso do GNV será um avanço para a nossa cidade”.

Nos próximos três anos, serão investidos R$ 120 milhões para o desenvolvimento do Gás Natural Veicular em Manaus, afirmou o gerente comercial da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), Frederico Paixão durante o 1º Seminário sobre o gás de Coari como fonte de energia e fator de desenvolvimento – Energia Termoelétrica e Gás Natural Veicular. O debate foi realizado nesta quinta-feira (19) no Plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM).
O representante da Cigás apresentou as metas, planos e a campanha “Instale e economize”, que ainda será lançada, com o objetivo de incentivar o consumo do GNV. A campanha dará bônus de R$ 400,00 para os que converterem seus veículos para o uso do gás natural, apenas exigindo do consumidor a instalação do Kit 5ª geração.
Os debates do Seminário sobre o gás de Coari tiveram o objetivo de chamar a atenção das autoridades do setor para o incentivo e benefícios proporcionados pelo uso do Gás Natural Veicular (GNV) nos veículos de transporte coletivo, frotas de taxis, carros particulares, e principalmente da necessidade de abrir mais postos de distribuição para o combustível.
De acordo com o autor da Audiência Pública, vereador Mário Frota (PSDB), o GNV está associado à disponibilidade e ao alto potencial financeiro que confirmam a sua importância como fator de desenvolvimento, distribuição de renda e melhoria da qualidade de vida para a população do Estado do Amazonas.
Porém, o parlamentar considerou ainda, que o uso do combustível em Manaus ainda é um tabu, e que precisa ser discutido para que se torne realidade no Estado. “O gás está aí há quase cinco anos e a população ainda não foi beneficiada. É preciso debater com segmentos do setor qual a melhor forma do gás ser usado e entender que o uso do GNV será um avanço para a nossa cidade”, argumentou Mário Frota.
O Seminário contou com a participação do coordenador da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasming), Welder Luiz de Souza, o gerente de Comercial da Gasming, Hilton Correa Vale, o presidente da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Pedro Carvalho, o representante da Federação do Comércio do Amazonas (Fecomércio), José Fernandes Ferreira, o representante da Confederação Nacional do Comercio (FNC), José Fernando Silva, o secretário executivo da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), Sérgio Alexandre Pereira, sócia-proprietária da Empresa Lubricar, Carla Martins e o gerente comercial da Companhia de Gás do Amazonas, Frederico Paixão.
Revolucionário e econômico
Para enriquecer o debate e mostrar ainda mais a importância do uso do GNV nos veículos automotores, o gerente comercial da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), Hilton Correa Vale apresentou um projeto sobre o uso do GNV, implantado no Estado de Minas Gerais, o qual tem objetivo principal o uso do combustível como matriz energética automotiva.
Na ocasião, ele mostrou que o investimento é revolucionário e econômico, não somente para a população da capital, mas também para o setor de mineração e agrícola. Ele ressaltou ainda que o estado mineiro já dispõe do uso do gás natural nos transportes ferroviários e coletivos, frotas de taxis, carros particulares, além de motocicletas. “O que queremos mostrar aqui é o desenvolvimento do GNV e como a sua utilização vai viabilizar a economia e melhorar o meio ambiente”, assegurou Hilton.
Na mesma linha, o coordenador da Gasming, Welder Souza, apresentou o Projeto ‘Fralda Verde’, também implantado em Minas Gerais. De acordo com o coordenador, a motivação para a criação do projeto se deu pelo aumento do índice de poluição atmosférica. “O projeto é um incentivo para o uso do gás natural”, disse. Ele disse ainda que se o Amazonas começar a desenvolver o uso do combustível trará mais desenvolvimento para o Parque Industrial, gerando emprego e renda, mais desenvolvimento para a questão social, redução de emissões, aumento da infraestrutura e redução no impacto na balança comercial.
Obras para distribuição de gás
O representante da Cigás, Frederico Paixão informou também sobre as obras de expansão da distribuição do gás na Avenida Torquato Tapajós, que atendem as sete indústrias, as quais a partir do uso do gás natural já economizaram R$ 12 milhões em um ano, entre elas, o Posto Equador, a multinacional Coca Cola, a empresa Vídeo Lar e Ambev.
“Além dos trabalhos na capital, incluindo a inauguração de mais um posto de Gás Natural Veicular, a Cigás também está atuando no interior. Vamos oferecer gás para quatro novas termelétricas nos municípios de Anamã, Codajás, Anori e Caapiranga”, completou.
Para abreviar a explanação aos presentes, Frederico resumiu o Projeto de Lei que está em tramitação na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) e trata do Marco Legal para o estabelecimento da política do Amazonas e ao serviço de distribuição de gás no Estado, em três pontos principais: plano de metas; relação Cigás e direitos do consumidor e política tarifária.
Como explicou o gerente, no Projeto de Lei estão elencados os objetivos, entre os quais o mais importante, o que permite que o gás seja um negócio, ao mesmo tempo definir que seja o indutor do desenvolvimento. “A lei também estabelece uma política tarifária transparente para que o gás tenha preço módico e esse insumo possa contribuir efetivamente para a diminuição de custos das empresas, principalmente as do Polo Industrial de Manaus (PIM)”, explicou o gerente da Cigás.
Privatização
Como parte do processo de privatização da Cigás, ele informou que a Companhia  entregou ao Governo do Estado o relatório final do que pode ser o futuro da empresa. “O relatório descreve a avaliação das ações da empresa para um eventual novo investidor, além das alternativas que o consórcio acha que o mercado entende que é o melhor para o Estado, tais como: atração de novos investidores; aumento da participação estatal; ou a disposição do negócio à iniciativa privada. Ele disse ainda que a comissão de desestatização irá analisar o relatório e emitirá um parecer, o qual será entregue ao governador do Estado, que tomará a decisão final”, explicou.
Sobre o GNV
O Gás Natural Veicular (GNV) é uma solução técnica e economicamente viável que traz benefícios ao meio ambiente e à economia. Quando utilizado em veículos pesados contribui para a melhoria da qualidade do ar.
A província de Urucu, no município de Coari, no interior do Amazonas, é o maior produtor terrestre de gás natural do Brasil e também responsável pela terceira maior produção de petróleo. De lá são retirados diariamente cerca de 11 milhões de metros cúbicos de gás natural e 54 mil barris de óleo condensado.
Na Base Petrolífera de Urucu há reservas de gás natural suficientes para abastecer toda a região Norte do país, e outras áreas, como uma das principais fontes de energia elétrica. A disponibilização do gás natural de Urucu faz parte do programa de massificação do uso do gás lançado pelo Governo, na qual o Amazonas foi contemplado com a instalação do gasoduto Coari-Manaus.
De acordo com o vereador Mário Frota, o gasoduto Urucu-Coari-Manaus deverá proporcionar inúmeros benefícios para o Amazonas e para o Brasil. A redução da taxa de energia elétrica, a geração de emprego e renda e a redução do risco ambiental são alguns dos mais importantes. A operação do gás natural também significa redução da queima de combustíveis para atender à demanda do Amazonas.

Texto: Dircom/CMM
Foto: Tiago Corrêa/CMM