O Brasil ganhou a sua primeira medalha de
ouro nos Jogos de Londres com a judoca Sarah Menezes. Foto: www.anjobol.com.br
.Texto:
Vereador Mário Frota*
Perder
para a Alemanha, os Estados Unidos ou para o Reino Unido, pode até parecer
normal. Agora, perder para o Quênia, para a Jamaica e o Cazaquistão, aí já
demais, É como no dizer do jargão que consagrou o Bóris Casói: “isso é uma
vergonha!”
Li o artigo do Félix Valois de hoje e
dou-lhe toda a razão quanto às críticas que faz aos responsáveis pelos resultados
pífios dos nossos atletas nas olimpíadas em Londres. Quando, finalmente, o Brasil poderá ser
considerado um país olímpico? Por que entra governo e sai governo e os
resultados são os mesmos, ou seja, frustrantes.
Que tipo de desculpa podem os nossos
governantes justificar os fracassos sucessivos das nossas equipes nesses jogos?
É possível que digam que, nessas disputas, só vencem os países desenvolvidos,
ricos, como muito dinheiro para gastar na formação de atletas. Mas será que é
isso? Por que então a China, um país emergente como o Brasil, está disputando em
pé de igualdade com os Estados Unidos da América, o país mais rico e poderoso
do planeta?
Desculpa mais esfarrapada essa de que
ganhar nas olimpíadas é coisa para país rico. Vários países incomparavelmente
mais pobres do que o Brasil estão muito na nossa frente em número de medalhas, a
exemplo de Cuba, Jamaica e o Cazaquistão. Por que o desinteresse das nossas
autoridades na formação de atletas para competir em jogos olímpicos?
Alguém já disse que o Brasil é o país do
futebol. E é verdade. Mas precisamos também investir em outras modalidades
esportivas para que, no futuro, não soframos o constrangimento que vivemos
agora. O Brasil desabou para o 28º lugar, abaixo do Quênia, uma republiqueta
africana. Que é isso? Até parece uma alucinação. Como um País, como o Brasil,
pode perder para países que têm tudo para não ganhar medalhas em olimpíadas?
Ora, perder para a Alemanha, os Estados Unidos ou para o Reino Unido, países
com tradição de grandes vitórias nesse tipo de disputa, pode até parecer
normal. Tudo bem. Agora, perder para o
Quênia, para a Jamaica e o Cazaquistão, aí já demais, É como no dizer do jargão
que consagrou o Bóris Casói: “isso é uma vergonha!”
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.