quarta-feira, 29 de junho de 2011

DILMA CRUZA OS BRAÇOS PARA A ABERTURA DOS ARQUIVOS HISTÓRICOS

Mário Frota: “Políticos de formação de esquerda, a exemplo de FHC, Lula e a atual presidente Dilma não têm desculpas em cruzar os braços e agir como se nada tivesse acontecido”.

Por que políticos como José Sarney e Fernando Collor são contrários a abertura dos arquivos históricos da época em que governaram o País? Essa é uma pergunta que não me sai da cabeça porque sou daqueles que entendem que quem não deve não teme. O que pode um presidente da república fazer de tão errado que, depois de vinte ou trinta anos, o povo não tenha o direito de conhecer?

Nesta questão, o melhor exemplo de honestidade para com o seu povo vem dos Estados Unidos, onde os arquivos da história do país, doa a quem doer, depois de um certo prazo, são abertos ao público. Para se ter uma idéia depois de dez anos da Segunda Guerra Mundial, historiadores ingleses, franceses e alemães, viajavam aos Estados Unidos para estudar documentos pertinentes a fatos registrados nos seus próprios países.

Grande parte dos documentos da fase da ditadura, que assumiu o poder através de um golpe militar em l964, ainda não está disponível ao público. Perseguições, prisões, torturas e assassinatos ocorreram nessa fase nefasta da história pátria. Abrir os arquivos dessa época da história do Brasil vai incriminar muita gente que manchou as mãos com o sangue inocente de muitos brasileiros e brasileiras.

Quanta diferença. Nos Estados Unidos da América, todos os documentos da Guerra do Vietnã já foram disponibilizados ao público. Entre milhares de documentos apenas 10 ou 12 palavras foram apagadas. Por que no Brasil não pode ser assim? Ao contrário do nosso País, que não puniu nenhum criminoso da época da ditadura militar, a Argentina, o Chile e o Paraguai já meteram vários generais atrás das grades.

Por que, aqui, essa questão é tratada como tabu? Políticos de formação de esquerda, que foram perseguidos na época do governo autoritário, a exemplo de Fernando Henrique Cardoso, Luís Inácio da Silva, o Lula, e a atual Presidente Dilma não têm desculpas em cruzar os braços e agir como se nada tivesse acontecido, principalmente na fase dos chamados anos de chumbo. Esses fatos devem ficar no esquecimento, por toda a eternidade, como desejam os ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor de Melo?

Como cidadão que combateu a infame ditadura que assassinou tantos brasileiros, revolto-me com tanta passividade e covardia. Por que as nossas autoridades preferem esconder a cabeça sob a areia, como o faz a avestruz quando sente medo, ao invés de enfrentar os criminosos da época do regime militar, a exemplo do que fizeram os governantes do Chile, da Argentina e do Paraguai, países que, no passado, vivenciaram situações iguais as nossas?

Por: Vereador Mário Frota

Líder do PDT na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

SENADORES DO AMAZONAS NÃO VALEM UM TIRIRICA

Mário Frota: “Na Câmara dos Deputados, hoje o seu lugar de trabalho, a coisa é séria”.

Parabéns para a empresa de propaganda que trabalhou o programa do Tiririca, ora veiculado em todo o País. Tiririca não renuncia a profissão de palhaço, o seu ganha pão por muitos anos e, ao fim de cada inserção, lembra que na Câmara dos Deputados, hoje o seu lugar de trabalho, a coisa é séria.

A garotada vibra e os adultos riem. Na brincadeira condena o nepotismo, incentiva a meninada a estudar, e vai por aí. Alguma coisa de positivo pode sair desse mandato que o povo de São Paulo lhe deu. Não acredito que pronuncie qualquer discurso importante, como, também, não vai apresentar projeto significativo. Mas o seu partido, o PR, pode muito bem aproveitar esse programa chato, que todo político esquenta o ouvido do povo com mentiras demagógicas, falando do que fez, do que vai fazer, de que, com os seus projetos aprovados, conseguiu centenas e milhares de empregos, e outras potocas do gênero.

Pelo menos o Tiririca não aparece na televisão como os senadores pávulos daqui, que se gabam de muito já ter feito pelo Amazonas, mas se acovardaram e traíram a Zona Franca correndo do plenário na hora da votação da Emenda Provisória 517, que dá início ao desmonte da Zona Franca de Manaus. Prefiro o Tiririca, um palhacinho assumido, a esses “heróis”que, na hora de enfrentar um projeto que tem poder para destruir o nosso futuro, desapareceram do plenário no rumo do banheiro e, intocados, permanecem até o fim da votação.

Repito: essa turma não vale o palhacinho Tiririca.

Por: Vereador Mário Frota

Líder do PDT na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

segunda-feira, 27 de junho de 2011

VANESSA GRAZIOTTIN SERÁ RESPONSABILIZADA PELA FALÊNCIA DA ZFM


Que vexame. Como se não bastasse ter fugido do plenário, e se escondido no banheiro para não votar contra a Medida Provisória 517, que dá início ao desmonte da Zona Franca, Vanessa Graziottin foi a única da bancada amazonense a se posicionar a favor do sigilo eterno para os chamados documentos ultra secretos, acompanhando, assim, a posição já firmada pelos senadores José Sarney e Fernando Collor. É de dar asco.

É estranho que a Vanessa, que militou nas esquerdas, com o rótulo de comunista, esteja agora em companhia de Sarney e Collor. O partido dela, o PC do B, em plena ditadura, organizou a guerrilha do Araguaia e, lá, teve muitos dos seus integrantes assassinados pela ditadura militar.

Até em respeito aos seus colegas de partidos que, no passado, foram chacinados nas selvas do Araguaia, e tiveram seus corpos enterrados em lugares até hoje não divulgados, deveria a hoje senadora Vanessa demonstrar um mínimo de solidariedade àquelas pessoas que perderam a vida em nome de um ideal que, à época, ela e o seu marido, o Eron Bezerra, acreditavam estar defendendo o Brasil contra a opressão do poder tirânico dominante.

Nada mais patético, posso até dizer ridículo, do que ver pessoas que, até bem pouco tempo se diziam comunistas assumidas, envolvidos com políticos da laia de Sarney, hoje capa de um famoso livro intitulado, “Honoráveis Bandidos”, que conta, com pormenores, a sua trajetória de político marcado pela traição e pela corrupção.

Ao longo da minha vida política conheci comunistas que morreram sem recuar um centímetro da sua ideologia, a exemplo do Luis Carlos Prestes. No entanto, também conheço outros que, no poder, perderam-se completamente e mandaram Marx e sua ideologia às favas. Entre esses últimos posso colocar no mesmo balaio o Amazonino Mendes, a Vanessa e o Eron. Esses três, no passado, comunistas de carteirinha, combatiam a ferro e fogo o capitalismo até, naturalmente, o dia em que conheceram o gosto do poder e de tudo o que ele pode comprar.

Por: Vereador Mário Frota

Líder do PDT na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM