O prédio da Santa Casa de Misericórdia de Manaus, data do ano de 1880. Durante longas décadas serviu ao povo amazonense. Segundo o articulista Ribamar Bessa, do jornal Diário do Amazonas, não foram encontradas nenhuma documentação anterior ao ano de 1950, ou seja, não conhecemos a sua história na totalidade. A Santa Casa, foi o local em que eu nasci, incluindo todos os meus irmãos, meu filho mais velho e, praticamente todos os manauenses que vieram ao mundo até a década de 80. Tenho um afilhado, o Jair Tupinanbá, no dia em que ele rompeu a bolsa da sua mãe, fui levá-la a pé até o hospital, resolveu dar o ar da graça bem em frente ao Ideal Clube, passei por uma situação muito difícil; por fim conseguimos chegar até o hospital; estava lotado, não teve jeito, o menino nasceu nos corredores.
Fiquei muito triste e revoltado com o fechamento do hospital, incluive, fiz algumas postagem no nosso blog (www.jmartinsrocha.blogspot.com) e acompanho o excelente trabalho do vereador Mário Frota, em prol da reabertura do hospital. Parabéns vereador!
O CONSELHO DIRETOR DA ACA AGRADECE O SEU VEEMENTE PRONUNCIAMENTO SOBRE A INICIATIVA EM FAVOR DA REABERTURA DA SANTA CASA E PROSSEGUE NESTA DIFICIL TAREFA, EM CONSTANTES REUNIÕES E PROVIDÊNCIAS CAPAZES DE AGILIZAR O PROJETO APROVADO PELOS PARTICIPANTES. CORDIALMENTE,
A construção de um porto para embarque e desembarque de passageiros, na área da antiga Siderama, zona Sul de Manaus, foi debatida hoje (28) em audiência pública na Câmara dos Vereadores, com a participação de representantes do setor industrial e instituições como Suframa, Infraero, Sebrae, Marinha e secretarias de meio ambiente. Todos reconheceram a necessidade urgente da obra para resolver o problema de atracação de embarcações que fazem linhas para os municípios do interior e de outros Estados da região.
Promovida pela Comissão de Transporte, Viação e Obras Públicas da CMM, a audiência foi requerida pelo vereador Mário Frota (PDT), que afirma já ser hora de Manaus ter uma Estação Hidroviária com qualidade, considerando que em torno de 90% das pessoas que chegam à cidade, vindas do interior do Estado, ou do Oeste do Pará, vêm por via fluvial, ou seja, de barco.
Frota ressalta que a capital amazonense tem um aeroporto obsoleto que não atende a demanda de passageiros e de cargas; tem uma estação rodoviária que está caindo aos pedaços, já que nunca recebeu uma reforma e os seus banheiros estão todos comprometidos; e não tem uma estação hidroviária para atender as pessoas que chegam de barco. “No porto improvisado da Manaus Moderna, as pessoas fazem malabarismo para entrar e sair dos barcos”, afirma.
O parlamentar destaca que, além do transtorno que as pessoas enfrentam no embarque e desembarque na Manaus Moderna, a sujeira e o mau cheiro no local, existe também grande fluxo de veículos naquela área, causando engarrafamentos e muitos outros problemas, inclusive a falta de segurança.
Para Mário Frota, a construção da estação hidroviária requer certa urgência, considerando que Manaus é uma das sub-sedes da Copa de Mundo de 2014, quando muita gente vinda do interior do Amazonas ou de Estados vizinhos, chegará à cidade por via fluvial. “Por isso é importante que se tenha um porto para receber esses visitantes com dignidade”, argumenta.
O vereador defende a idéia da audiência pública afirmando entender que a Câmara Municipal ou a Assembléia Legislativa são fóruns próprios para se discutir temas dessa relevância. Por isso ele agradeceu a presença de todos que atenderam ao seu chamado para debater essa sua proposta.
Na audiência pública ocorrida hoje (28) na Câmara Municipal de Manaus, a representante da Suframa, Ana Maria Oliveira de Souza, coordenadora geral de estudos econômicos da autarquia, informou que a área da antiga Siderama não pertence à Suframa. Ela contou que foi dada à Suframa, em 2002, uma concessão de uso gratuito que iria até 2012 para que ali fosse instalado o novo Eizof (Entreposto Internacional da Zona Franca de Manaus), que acabou sendo inviabilizado por uma nova ordem que proíbe esse tipo de entreposto. A Suframa tinha outros projetos para a área, mas devido o processo de contingenciamento de suas verbas, todos estão inviabilizados no momento. Ana Maria contou também que no dia 30 de março de 2006, a Presidência da República lançou decreto que dispõe sobre o porto da Ceasa, tanto a área direita quanto a esquerda e agora, no dia 23 de junho deste ano, a Secretaria dos Portos, vinculada a Presidência da República, lançou uma portaria que convoca os interessados em registrar e elaborar projetos básicos de estudos de empreendimento portuários a serem utilizados na concessão do porto novo de Manaus. O diretor executivo do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Ronaldo Mota, parabenizou o vereador Mário Frota pela iniciativa de convocar a audiência para debater o assunto. Ele reconheceu que a cidade precisa realmente dessa Estação Hidroviária, mas precisa também de um porto público. “A Zona Franca de Manaus está condenada ao não crescimento. Nós não podemos crescer nada porque todos os problemas aparecem”, disse Mota. De acordo com o empresário, até o ano passado se tinha o aeroporto como sinônimo de excelência na área de carga depois da construção do TECA 3, mas foi só aumentar um pouco o fluxo de carga para o local, para demonstrar que não existe essa apregoada excelência. “Quando se fala em transporte de carga, temos um problema muito sério: não temos estrada, não temos um porto público e o roadway desde o ano passado sofre interdição judicial para não funcionar como porto de carga, pois não tem mais condições para isso e virou porto de passageiros”. Já o empresário Flávio Dutra, representante da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), fez uma reflexão sobre a infra-estrutura da cidade de Manaus. “Nós precisamos melhorar o nosso sistema de transporte de massa de modo que atenda as exigências da FIFA, uma vez que Manaus é uma das subsedes da Copa de 2014. Tenho ouvido falar de ações e conversas entre o Estado e o Município para que possibilite a criação dessa infra-estrutura”, mencionou o empresário. Para ele, a construção de uma estação hidroviária tem que estar dentro de um projeto macro de acessibilidade na cidade, porque não adianta trazer os barcos para o porto da Siderama ou qualquer outro que seja, se não houver um sistema de transporte urbano eficiente. “Como que as pessoas iriam se descolar se não houver us sistema de transporte integrado?”, indaga. http://www.cmm.am.gov.br/ Fonte: Manoel Marques Fotografia: Heraldo Rocha
Ao participar do debate na audiência pública de hoje (28) na CMM, o vereador Hissa Abrahão (PPS) parabenizou o colega Mário Frota (PDT) por ter proposto a audiência, dizendo que o pedetista sabe expressar a vontade do povo, como fez em relação à Santa Casa de Misericórdia, que foi uma de suas bandeiras de luta e cujo objetivo foi alcançado, pois um grupo de empresários decidiu assumir o compromisso de reabrir aquela tradicional casa de saúde de Manaus.
Hissa ressaltou que mais do que propostas apresentadas, as autoridades precisam valorizar a vida das pessoas do interior. Ele disse não entender por que os governos não fazem obras necessárias à população e fingem que o problema não existe. “A construção da estação hidroviária é importante, mas o governo precisa melhorar também o sistema de transporte fluvial, pois assim como o transporte coletivo urbano, onde as pessoas andam como sardinhas em lata, a mesma coisa acontece nos barcos regionais, onde não existe conforto para os passageiros”, criticou.
“Tem coisas que eu não entendo. Quando vou ao aeroporto Eduardo Gomes às 8h ou às 10h, o local está vazio, mas se vou ao meio-dia ou a meia-noite, o saguão está lotado. Acho que tem alguma coisa errada. Até suspeito que essa história de obsoleto seja falácia dos governantes”, alfinetou, acrescentando que é favorável à melhoria da infra-estrutura da cidade, mas não está convencido sobre a viabilidade de construção de um porto na área do Encontro das Águas. Já o vereador Homero de Miranda Leão (PHS) ressaltou que os governantes precisam ter coragem para implementar as obras que vão proporcionar as mudanças de hábito da população. Ele lembrou que no passado a cidade de Manaus enfrentou uma epidemia de cólera e, na condição de médico sanitarista, participou de algumas campanhas de prevenção a essa doença, que tem como principal aliada à falta de saneamento.
O parlamentar contou que as embarcações regionais não possuem caixa coletora de dejetos e as fezes são jogadas diretamente nos rios. Disse que sua maior surpresa foi quando vistoriou um navio-hospital da Marinha, que também não tinha a caixa coletora, com a agravante que ali estavam pessoas acometidas de doenças e que poderiam contaminar todas as pessoas que bebem dessa água ao longo dos rios.
José MÁRIO FROTA Moreira é um dos vereadores mais atuantes da Câmara Municipal de Manaus. Tanto que tem três mandados (2013/2016; 2009/2012 e 1988/2001).
É formado em Direito, pela Universidade Federal do Amazonas. Autor de livros como “Presença do Amazonas no Congresso Nacional” (1975); “Em Defesa do Povo” (1978); “Em Defesa da Liberdade” (1981) e “Resistência” (1984).
Mario Frota, em 2004, foi eleito vice-prefeito de Manaus (2005/2008) e foi deputado estadual por dois mandatos seguidos (1999/2002 e 2003/2004). Entre os anos de 1974 e 1982 foi também deputado federal pelo Amazonas.