quinta-feira, 29 de julho de 2010

Empresários defendem necessidade de construção do novo porto



Na audiência pública ocorrida hoje (28) na Câmara Municipal de Manaus, a representante da Suframa, Ana Maria Oliveira de Souza, coordenadora geral de estudos econômicos da autarquia, informou que a área da antiga Siderama não pertence à Suframa. Ela contou que foi dada à Suframa, em 2002, uma concessão de uso gratuito que iria até 2012 para que ali fosse instalado o novo Eizof (Entreposto Internacional da Zona Franca de Manaus), que acabou sendo inviabilizado por uma nova ordem que proíbe esse tipo de entreposto. A Suframa tinha outros projetos para a área, mas devido o processo de contingenciamento de suas verbas, todos estão inviabilizados no momento.

Ana Maria contou também que no dia 30 de março de 2006, a Presidência da República lançou decreto que dispõe sobre o porto da Ceasa, tanto a área direita quanto a esquerda e agora, no dia 23 de junho deste ano, a Secretaria dos Portos, vinculada a Presidência da República, lançou uma portaria que convoca os interessados em registrar e elaborar projetos básicos de estudos de empreendimento portuários a serem utilizados na concessão do porto novo de Manaus.
O diretor executivo do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Ronaldo Mota, parabenizou o vereador Mário Frota pela iniciativa de convocar a audiência para debater o assunto. Ele reconheceu que a cidade precisa realmente dessa Estação Hidroviária, mas precisa também de um porto público. “A Zona Franca de Manaus está condenada ao não crescimento. Nós não podemos crescer nada porque todos os problemas aparecem”, disse Mota.
De acordo com o empresário, até o ano passado se tinha o aeroporto como sinônimo de excelência na área de carga depois da construção do TECA 3, mas foi só aumentar um pouco o fluxo de carga para o local, para demonstrar que não existe essa apregoada excelência. “Quando se fala em transporte de carga, temos um problema muito sério: não temos estrada, não temos um porto público e o roadway desde o ano passado sofre interdição judicial para não funcionar como porto de carga, pois não tem mais condições para isso e virou porto de passageiros”.
Já o empresário Flávio Dutra, representante da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), fez uma reflexão sobre a infra-estrutura da cidade de Manaus. “Nós precisamos melhorar o nosso sistema de transporte de massa de modo que atenda as exigências da FIFA, uma vez que Manaus é uma das subsedes da Copa de 2014. Tenho ouvido falar de ações e conversas entre o Estado e o Município para que possibilite a criação dessa infra-estrutura”, mencionou o empresário.
Para ele, a construção de uma estação hidroviária tem que estar dentro de um projeto macro de acessibilidade na cidade, porque não adianta trazer os barcos para o porto da Siderama ou qualquer outro que seja, se não houver um sistema de transporte urbano eficiente. “Como que as pessoas iriam se descolar se não houver us sistema de transporte integrado?”, indaga.

http://www.cmm.am.gov.br/
Fonte: Manoel Marques
Fotografia: Heraldo Rocha

Um comentário:

  1. Anônimo29/7/10

    Boa tarde gostaria de alguns esclarecimentos em relação aos acionistas da extinta Siderama, como devo prosseguir?

    Valéria Guedes

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