quarta-feira, 5 de setembro de 2012

OMAR MANDOU ABRIR AS TORNEIRAS DO PROAMA PARA BENEFICIAR A VANESSA?




Por: Vereador Mário Frota*
Por que não fez isso logo depois que assumiu o governo? Imaginando pessoas carregando água para as suas casas, logo veio-me à cabeça a famosa marchinha de carnaval: “lata d’água na cabeça/lá vai Maria...
Vai aqui uma pergunta que não quer calar: por que só agora, a um mês da eleição, o governador Omar Aziz resolve abrir as torneiras dos reservatórios do complexo do Proama, construído na Ponta das Lajes, pela elevada quantia de R$ 365 milhões?
Alguém há de perguntar: por que não fez isso logo depois que assumiu o governo? Desde essa época que há água nos reservatórios em condições de abastecer a Zona Leste. Ora, se a água estava lá, por que então não mandou abrir as torneiras como o fez agora? Outro absurdo: a água já chegou aos reservatórios, mas esqueceram os canos para levar o precioso líquido até as casas dos moradores da área.
O que as pessoas questionam é se o gesto do governador mandar abrir as torneiras tem a ver com a campanha da sua candidata Vanessa Graziotin. Melhor explicando: teria ele mandado abrir as torneiras se não tivéssemos eleição neste ano? Pessoalmente acho que o ato é eleitoreiro. Ainda há pouco tempo o governador declarou, pela imprensa, que seria preciso mais de um R$ 1 bilhão para levar a água do Proama às casas das mais de 500 mil pessoas que vivem nas zonas Leste e Norte da cidade.
Por que, então, agora, de forma abrupta, muda de opinião e resolve inaugurar a água de um projeto ainda pela metade? Como não existe tubulação para levar a água até as casas, deve então o governador investir em baldes para que as pessoas possam levá-la para as suas residências. Imaginando pessoas carregando água para as suas casas, logo veio-me à cabeça a famosa marchinha de carnaval: “lata d’água na cabeça/lá vai Maria/lá vai Maria...
O que os políticos não fazem em tempo de eleição para iludir o povo. É impressionante o vale tudo. Rios de dinheiro público e a estrutura das secretarias e empresas públicas são usados sem nenhum escrúpulo para ganhar eleição. A regra é não ter regra. É como dizem os mineiros: em eleição só não vale perder. Em cima dessa ausência de ética é que, em 1986, roubaram a minha eleição para o Senado e, mais recentemente, a do Artur.   

*Advogado;
*Líder do PSDB na CMM
*Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM