sábado, 21 de abril de 2012

TAYAH CRITICA PELA IMPRENSA EXTINÇÃO DO AUXÍLIO PALETÓ


O Senado e a Câmara dos Deputados já estão extinguindo o tal Auxílio Paletó. Ora, caso isso aconteça, não haverá mais sustentação moral para se manter esse tipo de privilégio em nenhum parlamento deste país.
Confesso que estou em estado de perplexidade com as declarações feitas ontem pelo presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Isaac Tayah, ao jornal A Crítica, criticando o projeto que apresentei no plenário da Casa extinguindo o Auxílio Paletó, um privilégio em forma de ajuda de custo, no valor de R$ 9,2 mil, ou seja, o equivalente a um salário mensal de vereador, também conhecido por 14º salário.
Pessoalmente gosto do Tayah. Para que ele hoje fosse o presidente da CMM, renunciei a minha candidatura, fato fundamental para a sua vitória contra o candidato apoiado pelo Amazonino, com uma vantagem de dois votos. Em cima da hora o próprio Amazonino me telefonou e pediu que eu aceitasse o apoio dos vereadores da sua base. Fiquei tentado, confesso, pois, caso aceitasse o convite, meia hora depois seria o presidente do Poder, o vice-prefeito de Manaus e, ocasionalmente, o prefeito em exercício.
Agora fico decepcionado quando o vejo agarrar-se a esse privilégio que é o Auxílio Paletó, com a mesma disposição com que a ostra se agarra à rocha, ou um cachorro segura um osso. O Tayah não deve se apequenar com coisas desse tipo, chinfrim, mesquinhas. Um político com a sua estatura tem mais é que reunir os seus colegas vereadores e dizer a eles: “olhem aqui, companheiros, a nossa missão agora é, em respeito a onda moralizadora que varre o país, acabar com esse tal Auxílio Paletó, algo que o nosso povo repudia por entender que todo privilégio é imoral”.
O Senado e a Câmara dos Deputados já estão extinguindo o tal Auxílio Paletó. Ora, caso isso aconteça, não haverá mais sustentação moral para se manter esse tipo de privilégio em nenhum parlamento deste país. Por que então, paralelo às duas Casas Legislativas do país, não acabamos logo com esse Auxílio Paletó aqui? Trata-se de fato consumado (“consumato est” - como diziam os romanos). Tentar resistir é como nadar contra a correnteza do rio Solimões. Aproveito para, daqui, lembrar ao companheiro Isaac Tayah os primeiros versos da inesquecível música do Geraldo Vandré: “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. 
Por: vereador Mário Frota
Líder do PSDB na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM