O ex-prefeito Amazonino Mendes acabou se transformando no mais
“importante” cabo eleitoral do senador Eduardo Braga. Escalado para atuar como
agente secreto ... (Portal do Holanda)
Por:
Vereador Mário Frota*
Ainda
tem gente, com certeza, que vai acreditar na conversa fiada desse malandro que,
além de uma dívida bilionária, deixou a cidade arrasada, absolutamente
esburacada, com quase todas as suas ruas precisando de recapeamento.
Confesso que fiquei surpreso com a
entrevista concedida pelo ex-prefeito Amazonino Mendes, publicada pelo jornal A
Crítica neste domingo último e replicada hoje pelo mesmo órgão de imprensa.
Tivesse saído esta publicação nos meados de dezembro, teria tido tempo para, a
título de presente de natal, enviar à casa desse cara de pau uma caixa de óleo
de peroba.
Cinismo explícito não paga imposto, pois,
se tal fato existisse, o negão, com
certeza, estaria falido.
Ao longo do texto tenta dar cocorote em
todo mundo, em especial nos adversários, a exemplo do atual prefeito de Manaus,
Arthur Virgílio Neto.
Prenhe de lambança deita falação de como
governar e aconselha o governador José Melo a não permitir que políticos instalem
feudos e demais negócios escusos na sua administração. No ex-governador mete o
pau, afirmando, entre outras, que no governo de Omar a saúde cresceu zero,
assim como a educação e a segurança.
Na questão Polícia Militar, afirma que a
hierarquia da corporação deixou de existir com a eleição de um cabo e de um
soldado. Má fé ou caduquice, pois, por tudo que se sabe, com respaldo na
Constituição pátria, é direito de qualquer cidadão, seja civil ou militar,
concorrer a qualquer cargo eletivo. No caso
dos dois serem eleitos e, como dentro de um parlamento não existe hierarquia, o
coronel e o soldado são iguais, podendo o soldado, por uma questão de
convicção, apoiar ou criticar posições assumidas pelo coronel e vice versa.
Nessa questão, Amazonino demonstra ser
preconceituoso por acreditar ser uma ofensa à hierarquia da Polícia Militar a
presença de dois praças, um cabo e um soldado, no exercício de deputado
estadual na nossa Assembleia. Esse preconceito externado pelo ex-prefeito me
faz lembrar o triste espetáculo em que ele, em tom áspero, usa ao interpelar
uma pobre mulher, que ora ocupava uma área de risco, pergunta: “de onde você
veio”? A mulher responde: “sou paraense”! Amazonino: “Tá explicado”! E
prosseguiu: “então que morra”!
Na tal entrevista, Amazonino nega que tenha
deixado um rombo na Prefeitura e argumenta que, caso fosse verdade, o Arthur
não teria tocado muitas obras logo após ter assumido. O rombo foi deixado sim.
Basta ver o número de empresários desesperados, que procuraram o atual prefeito,
na esperança de receber o que a Prefeitura lhes devia. Milhões e milhões em
dívidas deixadas. De um deles, ouvi que até poderia receber, no final do
mandato do Amazonino, desde, é claro, que abrisse mão de percentual que variava
entre 50 a 60%. Muitos não se sujeitaram à extorsão porque sabiam que, em assim
fazendo, não teriam como pagar os fornecedores e os recursos emprestados a
bancos. Eis aí uma das razões porque a maioria preferiu deixar o Arthur assumir
para, então, tentar receber de forma decente o que a Prefeitura lhes devia.
Ainda tem gente, com certeza, que vai
acreditar na conversa fiada desse malandro que, além de uma dívida bilionária,
deixou a cidade arrasada, absolutamente esburacada, com quase todas as suas
ruas precisando de recapeamento. Não fosse a dívida deixada como herança maldita
para a administração do Arthur e a promessa não cumprida pela presidente Dilma,
de enviar R$ 350 milhões para melhorar a mobilidade urbana da cidade, com
absoluta certeza que hoje as ruas dos bairros mais distantes já estariam
devidamente pavimentadas, sem a presença de qualquer dos buracos deixados pela
administração desse demagogo que desgovernou Manaus por longos quatro anos.
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;