Joseph Blatter demonstrou ter vergonha na cara; Dilma, do Brasil, não
Por: Vereador Mário Frota*
A diferença entre o comportamento de Nixon, e agora o de Blatter, comparado ao de Dilma, é abissal. Embora esteja moralmente impedida de se apresentar publicamente ao povo brasileiro, isolada das massas que a vaiam onde ela quer que apareça, agarra-se ao cargo como ostra se prende a casco de navio.
O escândalo envolvendo a Federação Internacional de Futebol (Fifa), que culminou com a prisão de sete importantes dirigentes, incluindo aí os brasileiros José Maria Marin e J. Hawilla, o proprietário da Traffic, terminou por provocar a renúncia de Joseph Blatter, o presidente da entidade.
Apesar de não haver, ainda, provas comprobatórios do envolvimento direto de Blatter no escândalo, quase que de imediato renunciou à presidência da Fifa.
Agora vamos às diferenças. O escândalo que se abateu sobre a Fifa envolve U$ 150 milhões, uma ninharia frente à roubalheira do PT e dos seus aliados aos cofres do País, soma astronômica que atinge bilhões de dólares.
Ao contrário de Blatter que de imediato renunciou logo após a divulgação e prisão de dirigentes do órgão que administrava, aqui, apesar do crime ser bem mais robusto, a presidente Dilma faz de conta que não é com ela, agarra-se desesperadamente ao poder e, contra a vontade do povo brasileiro, insiste vergonhosamente em permanecer na função de presidente do País.
Joseph Blatter demonstrou ter vergonha na cara; ela não. Como pode uma pessoa que, por medo de vaias hoje viver sitiada no Palácio do Planalto, acreditar que pode continuar governando os 200 milhões de brasileiros que somos nós? Por que, para o bem de todos e felicidade geral da Nação, não renuncia, aliás, ela e o seu vice, levando-se em conta que, depois da corja do PT, o PMDB é o segundo maior beneficiário de tal roubalheira.
Vez por outra cito o escândalo do Watergate, ocorrido nos Estados Unidos da América que, entre outras consequências, provocou a renúncia de Richard Nixon da Presidência da República. Nixon foi obrigado a renunciar não porque tenha roubado os cofres do seu país, mas por uma questão de natureza moral, ou seja, porque, através de testemunho de fitas gravadas, ficou provado que estava impedindo à Comissão Federal de Investigação de chegar aos arapongas do seu partido, que haviam plantado aparelhos de escuta na sede do partido democrata. Desmascarado, o homem mais poderoso do mundo renunciou à presidência dos Estados Unidos da América (EUA).
A diferença entre o comportamento de Nixon, e agora o de Blatter, comparado ao de Dilma, é abissal. Embora esteja moralmente impedida de se apresentar publicamente ao povo brasileiro, isolada das massas que a vaiam onde ela quer que apareça, agarra-se ao cargo como ostra se prende a casco de navio. Inspire-se em Nixon e em Blatter, presidente Dilma, e renuncie, permitindo aos milhões de eleitores brasileiros eleger um novo presidente com moral e dignidade para reerguer o nosso Brasil.
*Advogado;
*Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constgituição, Jusatiça e Redação da CMM.