Mário Frota: “O gás está aí há quase cinco anos e a
população ainda não foi beneficiada. É preciso debater com segmentos do setor
qual a melhor forma do gás ser usado e entender que o uso do GNV será um avanço
para a nossa cidade”.
Nos próximos três anos, serão investidos R$
120 milhões para o desenvolvimento do Gás Natural Veicular em Manaus, afirmou o
gerente comercial da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), Frederico Paixão
durante o 1º Seminário sobre o gás de Coari como fonte de energia e fator de
desenvolvimento – Energia Termoelétrica e Gás Natural Veicular. O debate foi realizado
nesta quinta-feira (19) no Plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM).
O representante da Cigás apresentou as
metas, planos e a campanha “Instale e economize”, que ainda será lançada, com o
objetivo de incentivar o consumo do GNV. A campanha dará bônus de R$ 400,00
para os que converterem seus veículos para o uso do gás natural, apenas
exigindo do consumidor a instalação do Kit 5ª geração.
Os debates do Seminário sobre o gás de
Coari tiveram o objetivo de chamar a atenção das autoridades do setor para o
incentivo e benefícios proporcionados pelo uso do Gás Natural Veicular (GNV)
nos veículos de transporte coletivo, frotas de taxis, carros particulares, e
principalmente da necessidade de abrir mais postos de distribuição para o
combustível.
De acordo com o autor da Audiência Pública,
vereador Mário Frota (PSDB), o GNV está associado à disponibilidade e ao alto
potencial financeiro que confirmam a sua importância como fator de
desenvolvimento, distribuição de renda e melhoria da qualidade de vida para a
população do Estado do Amazonas.
Porém, o parlamentar considerou ainda, que
o uso do combustível em Manaus ainda é um tabu, e que precisa ser discutido
para que se torne realidade no Estado. “O gás está aí há quase cinco anos e a
população ainda não foi beneficiada. É preciso debater com segmentos do setor
qual a melhor forma do gás ser usado e entender que o uso do GNV será um avanço
para a nossa cidade”, argumentou Mário Frota.
O Seminário contou com a participação do
coordenador da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasming), Welder Luiz de
Souza, o gerente de Comercial da Gasming, Hilton Correa Vale, o presidente da
Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Pedro Carvalho, o
representante da Federação do Comércio do Amazonas (Fecomércio), José Fernandes
Ferreira, o representante da Confederação Nacional do Comercio (FNC), José
Fernando Silva, o secretário executivo da Secretaria de Estado de
Infraestrutura (Seinfra), Sérgio Alexandre Pereira, sócia-proprietária da
Empresa Lubricar, Carla Martins e o gerente comercial da Companhia de Gás do
Amazonas, Frederico Paixão.
Revolucionário
e econômico
Para enriquecer o debate e mostrar ainda
mais a importância do uso do GNV nos veículos automotores, o gerente comercial
da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), Hilton Correa Vale apresentou um
projeto sobre o uso do GNV, implantado no Estado de Minas Gerais, o qual tem
objetivo principal o uso do combustível como matriz energética automotiva.
Na ocasião, ele mostrou que o investimento
é revolucionário e econômico, não somente para a população da capital, mas
também para o setor de mineração e agrícola. Ele ressaltou ainda que o estado
mineiro já dispõe do uso do gás natural nos transportes ferroviários e
coletivos, frotas de taxis, carros particulares, além de motocicletas. “O que
queremos mostrar aqui é o desenvolvimento do GNV e como a sua utilização vai
viabilizar a economia e melhorar o meio ambiente”, assegurou Hilton.
Na mesma linha, o coordenador da Gasming,
Welder Souza, apresentou o Projeto ‘Fralda Verde’, também implantado em Minas
Gerais. De acordo com o coordenador, a motivação para a criação do projeto se
deu pelo aumento do índice de poluição atmosférica. “O projeto é um incentivo
para o uso do gás natural”, disse. Ele disse ainda que se o Amazonas
começar a desenvolver o uso do combustível trará mais desenvolvimento para o
Parque Industrial, gerando emprego e renda, mais desenvolvimento para a questão
social, redução de emissões, aumento da infraestrutura e redução no impacto na
balança comercial.
Obras
para distribuição de gás
O representante da Cigás, Frederico Paixão
informou também sobre as obras de expansão da distribuição do gás na Avenida
Torquato Tapajós, que atendem as sete indústrias, as quais a partir do uso do
gás natural já economizaram R$ 12 milhões em um ano, entre elas, o Posto
Equador, a multinacional Coca Cola, a empresa Vídeo Lar e Ambev.
“Além dos trabalhos na capital, incluindo a
inauguração de mais um posto de Gás Natural Veicular, a Cigás também está
atuando no interior. Vamos oferecer gás para quatro novas termelétricas nos
municípios de Anamã, Codajás, Anori e Caapiranga”, completou.
Para abreviar a explanação aos presentes,
Frederico resumiu o Projeto de Lei que está em tramitação na Assembleia
Legislativa do Amazonas (Aleam) e trata do Marco Legal para o estabelecimento
da política do Amazonas e ao serviço de distribuição de gás no Estado, em três
pontos principais: plano de metas; relação Cigás e direitos do consumidor e
política tarifária.
Como explicou o gerente, no Projeto de Lei
estão elencados os objetivos, entre os quais o mais importante, o que permite
que o gás seja um negócio, ao mesmo tempo definir que seja o indutor do
desenvolvimento. “A lei também estabelece uma política tarifária transparente
para que o gás tenha preço módico e esse insumo possa contribuir efetivamente
para a diminuição de custos das empresas, principalmente as do Polo Industrial
de Manaus (PIM)”, explicou o gerente da Cigás.
Privatização
Como parte do processo de privatização da
Cigás, ele informou que a Companhia
entregou ao Governo do Estado o relatório final do que pode ser o futuro
da empresa. “O relatório descreve a avaliação das ações da empresa para um
eventual novo investidor, além das alternativas que o consórcio acha que o
mercado entende que é o melhor para o Estado, tais como: atração de novos
investidores; aumento da participação estatal; ou a disposição do negócio à
iniciativa privada. Ele disse ainda que a comissão de desestatização irá
analisar o relatório e emitirá um parecer, o qual será entregue ao governador
do Estado, que tomará a decisão final”, explicou.
Sobre
o GNV
O Gás Natural Veicular (GNV) é uma solução
técnica e economicamente viável que traz benefícios ao meio ambiente e à
economia. Quando utilizado em veículos pesados contribui para a melhoria da
qualidade do ar.
A província de Urucu, no município de
Coari, no interior do Amazonas, é o maior produtor terrestre de gás natural do
Brasil e também responsável pela terceira maior produção de petróleo. De lá são
retirados diariamente cerca de 11 milhões de metros cúbicos de gás natural e 54
mil barris de óleo condensado.
Na Base Petrolífera de Urucu há reservas de
gás natural suficientes para abastecer toda a região Norte do país, e outras
áreas, como uma das principais fontes de energia elétrica. A disponibilização
do gás natural de Urucu faz parte do programa de massificação do uso do gás
lançado pelo Governo, na qual o Amazonas foi contemplado com a instalação do
gasoduto Coari-Manaus.
De acordo com o vereador Mário Frota, o
gasoduto Urucu-Coari-Manaus deverá proporcionar inúmeros benefícios para o
Amazonas e para o Brasil. A redução da taxa de energia elétrica, a geração de
emprego e renda e a redução do risco ambiental são alguns dos mais importantes.
A operação do gás natural também significa redução da queima de combustíveis
para atender à demanda do Amazonas.
Texto:
Dircom/CMM
Foto:
Tiago Corrêa/CMM
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