Prefeito Arthur Virgílio já determinou o dia e mês da entrega
do Adolpho Lisboa:24 de outubro
Texto:
Vereador Mário Frota*
Os
permissionários do mercado foram enganados, tratados como trouxas, empurrados
de onde trabalhavam há décadas, sob argumento de que logo estariam voltando ao
seu lugar de trabalho.
Por mais que queira não consigo entender a
razão legal que levou um membro do Ministério Público do Estado a entender que
os antigos permissionários do Mercado Municipal Adolpho Lisboa não têm direito de
retornar para suas bancas e boxes, onde antes trabalhavam. Na opinião do
promotor o prefeito, após a inauguração, vai ser obrigado a realizar licitação.
Será que ninguém falou ao ilustre promotor
que os permissionários foram enganados, tratados como trouxas, empurrados de
onde trabalhavam há décadas, sob argumento de que logo estariam voltando ao seu
lugar de trabalho?
Serafim Correia prometeu que, no máximo em
oito meses, todos eles estariam de volta ao trabalho. Os pobres coitados foram
desalojados e empurrados a labutar em áreas externas, local impróprio, sobrevivendo
só Deus sabe até os dias que correm.
Os trabalhos avançavam, e tudo dava a
entender que o prazo dado pela Prefeitura seria cumprido quando, de forma
inesperada, eis que ocorreu uma desavença entre a Maria Arminda, então secretária
da Manaustur, e Bepi Cyrino, superintendente regional do Ipahan no Amazonas, em
torno do piso.
No meio da confusão, eu e o então senador Jefferson
Peres, fomos até a sede do Ipahan na esperança de reatar o diálogo entre as partes
e acabar com o incêndio. O dirigente do Ipahan nos recebeu muito bem e afirmou
estar disposto ao diálogo desde que a Prefeitura cumprisse em usar as antigas
pedras de liós na área destinada ao artesanato.
Horas depois procurei o Serafim e falei-lhe
sobre as exigências do pessoal do Ipahan. O ‘Sarafa’ me fez ver que não iria
ceder às pretensões do Ipahan, e que estava disposto a enfrentá-lo na Justiça.
Ato contínuo voltei à presença do Jefferson e relatei-lhe o que
havia ouvido do Serafim. O Jefferson ouviu e profetizou: “Mário, do jeito que
vão as coisas a Justiça vai embargar a obra e, a partir daí, só Deus sabe
quando os trabalhos serão recomeçados”.
Dito e feito! O Serafim terminou o mandato e o mercado Adolpho
Lisboa passou para a responsabilidade do Amazonino, que pouco se mexeu para
concluir a obra iniciada pelo seu antecessor. Agora, finalmente, a coisa vai
sair, aliás, já está andando a todo vapor, ao ponto do prefeito Arthur Virgílio
já ter até mesmo estabelecido o dia e mês da sua entrega: 24 de outubro –
aniversário da cidade de Manaus.
Agora, o que não dá para entender, é o
Ministério Público tentar impedir o retorno dos antigos permissionários do
mercado Adolpho Lisboa, ou melhor, ao local onde por toda a vida trabalharam
para sustentar os seus familiares. O que, em minha opinião, deveria fazer esse
operoso defensor da lei seria obrigar a Prefeitura a indenizar os pobres
permissionários, vítimas de falsas promessas, em especial desse demagogo que
não deixou apenas o mercado Adolfo Lisboa inacabado, abandonado, mas toda a
cidade mergulhada em lama e buracos.
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.
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