Projetos de lei, enviados pela presidente Dilma ao Congresso, e aprovados pela sua base de apoio nas duas casas, Câmara e Senado, sob o comando ostensivo do PT. Tem aí o início do desmonte da Zona Franca
Leio num jornal local que empresários do Distrito Industrial da Zona Franca pressionam o governo a estabelecer medidas protecionistas com propósito de impedir a entrada de produtos chineses no País para preservar a competitividade do modelo econômico que temos hoje, que nos foi ofertado pelos militares que tomaram o poder em 1964.
Criada em 28 de fevereiro de 1967, a Zona Franca de Manaus (ZFM), com mais de 40 anos de vida, vez ou outra enfrenta fortes turbulências, a exemplo dos dois projetos de lei, enviados pela presidente Dilma ao Congresso, e aprovados pela sua base de apoio nas duas casas, Câmara e Senado, sob o comando ostensivo do PT. Tem aí o início do desmonte da Zona Franca, fato denunciado e bem fundamentado pelo ex-senador Arthur Virgílio Neto, em várias matérias publicadas no jornal Diário do Amazonas.
Agora, desejam os proprietários das fábricas do Distrito que os carrascos e verdugos da Zona Franca em Brasília a defendam contra a ameaça chinesa. É querer demais. Tudo bem. O que essa turma não entende é que não é somente a Zona Franca que é vítima da enxurrada de produtos chineses que chegam ao Brasil, mas todos os segmentos da produção industrial país afora. Ora, em sendo assim, não é somente os empresários da Zona Franca que estão sofrendo, mas todos que fabricam os produtos que os chineses fazem chegar ao Brasil.
O problema, portanto, não é apenas nosso, mas de todo o País. A questão é se o governo do PT vai adotar uma posição dura contra a importação dos produtos fabricados na China, pois, como sabemos, esse tipo de atitude tem repercussão internacional, em razão dos acordos de comércio. Dessa feita, na minha opinião, que não é das mais abalizadas, deve os empresários daqui, em companhia do governador, dos senadores e deputados federais, associar-se aos políticos de todos os Estados da Federação, que igualmente se sentem ameaçados, e partir para cima da Presidente Dilma em busca de socorro.
A questão é nacional e não apenas local. Qualquer atitude que for adotada, com certeza que não vai beneficiar apenas a Zona Franca, mas o todo. Ou a estratégia para impedir o avanço maciço dos produtos chineses entra em cena, ou vai ser o fim para muitas empresas daqui e alhures. Sobre a China, Napoleão Bonaparte tinha razão, quando dizia que era “prudente deixar que o monstro amarelo continuasse dormindo”. É isso aí, turma, sem estratégia de luta vai ser como cavar buraco n’água. Tenho dito.
Por: vereador Mário Frota
Líder do PSDB na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM
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