Agora,
como se não bastasse a farsa, o prefeito Negão quer penalizar milhares de
famílias que gastaram na construção de poços artesianos.
O Amazonino tirou a mascara de vez quando,
agora, remete para a Câmara Municipal de Manaus (CMM), projeto de lei obrigando
todo mundo que tem poço artesiano a pagar taxa para a Águas do Brasil.
Isso faz parte do acordo desse
prefeito-corretor com o grupo Solvi, que é o dono da Águas do Amazonas e da tal
Águas do Brasil que, agora, assume o controle da concessão da água em Manaus.
Ou seja, o jogo foi contábil, mera mudança na razão social, coisa para inglês ver,
como já diziam os nossos pais. Em outras palavras: picaretagem da grossa.
Agora, como se não bastasse a farsa, o
prefeito Negão quer penalizar milhares de famílias que gastaram na construção
de poços artesianos. Nesse rolo há pessoas de posses, é real, mas, na sua
maioria são pobres, habitantes da periferia, que investiram com propósito de
sair da cacimba, um buraco feito no chão até dar em algum veio d’água.
Essas pessoas construíram esses poços
porque a água não chegava às suas casas e, quando por lá aparecia, era à
prestação, ou seja, jorrava uma hora pela manhã e, com sorte, mais uma hora ao
anoitecer. Em muitas ruas os canos até existem. O que não existe é a água. É
verdade que a água não aparece, mas a conta chega e, olha o tamanho.
Ao enviar esse tipo de projeto para a Câmara,
o Amazonino dá demonstrações de que quer cumprir a parte dele com a empresa que
ele se associou e armou, na calada da noite, de forma secreta, o que chamei da
tribuna de acordo com cara e jeito de negociata. Ninguém me tira da cabeça isso;
tudo aconteceu no embalo de advocacia administrativa, coisa que ele, o
Amazonino, é mestre.
E agora? Ele não é mais candidato e manda
esse projeto de lei para ser aprovado pela maioria que ostenta na Câmara. Ou
seja, como não é mais candidato, pelo menos é o que diz, ele quer mesmo é que a
turma que o apóia se ferre nas urnas nas próximas eleições. É como dizia o Rei
Luiz XIV, da França: “depois de mim o dilúvio”. E que dilúvio. Quem viver,
verá.
Por:
vereador Mário Frota
Líder
do PSDB na CMM
Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM
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