Rui Machado vai receber a Medalha de Ouro Cidade de
Manaus
Mário Frota: “Sinto-me orgulhoso de ser
o autor da Medalha de Ouro Cidade de Manaus ao amigo Rui Machado, considerado
como um dos mais importantes artistas plásticos do Amazonas. Homenagem mais do
que merecida”.
Projeto de Decreto Legislativo que concede
ao Artista Plástico Rui Machado de Oliveira, a Medalha de Ouro Cidade de
Manaus, foi aprovado hoje (9) na Câmara municipal de Manaus (CMM), pelos
relevantes serviços prestados ao setor de arte e a divulgação da cultura do
Estado do Amazonas. A honraria será outorgada no próximo dia 17 de junho.
Rui
Machado, nasceu em 17 de agosto de 1956, na
cidade de Manaus (Am), filho de Ignácio Oliveira e Aurora Machado de Oliveira,
ele português e ela amazonense, de Barcelos, no médio Rio Negro, cidade que foi
a primeira capital do estado. Filho mais novo de três irmãos, sendo que suas
duas irmãs Fátima e Sônia nasceram em Piloto, uma pequena vila nas proximidades
de Barcelos.
Em sua infância teve o primeiro contato
com os povos da floresta, pois um tio de seu pai, um português de nome Albino,
era “coronel de barranco”, um grande comerciante no Rio Negro, que trabalhava
com produtos extrativistas, tendo vários empregados nativos, trazia alguns para
trabalharem nos serviços domésticos ou para fazerem tratamento de saúde na
capital, também trazendo objetos exóticos como bancos, tupés (esteiras), arcos,
flechas, cerâmicas e muito da cultura e arte indígena, talvez daí o começo de
sua grande paixão pela causa indígena e por toda a Amazônia.
Um fato curioso é que quando sua mãe veio
dar a luz em Manaus, quem levou a mala dela até a casa da parteira de nome
Etelvina, na Rua Epaminondas, em frente ao Colégio Dom Bosco, no centro da
cidade, foi um índio Tukano ou Yanomami (não se sabendo ao certo a etnia), de
nome Camilo.
Estudou o primário no Grupo Escolar
Ribeiro da Cunha, e o segundo grau no Instituto de Educação do Amazonas (IEA).
Logo cedo começou a se interessar por arte em geral: desenhava, pintava,
escrevia, fazia talhas e esculturas. Nos anos 60 teve uma breve passagem pela
Pinacoteca do Estado do Amazonas, num curso de desenho e pintura, tendo contado
com grandes mestres das artes plásticas como, Moacir Andrade, Hanneman Bacelar,
Álvaro Páscoa, Afrânio Castro e Manoel Borges. No começo dos anos 70 circulou
por alguns grupos de teatro em Manaus e estudou alguns meses nos Estados Unidos
da America do Norte.
Em 1976, trabalhou alguns meses na
Companhia Aérea Cruzeiro do Sul, no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, de
Manaus. No mesmo ano, ingressou no Banco do Brasil, na agencia centro Manaus,
onde trabalhou durante 34 anos na Carteira de Comércio Exterior, aposentando-se
em 2010.
Em 1982 realizou sua primeira exposição
individual com o incentivo do jornalista Carlos Aguiar e a apresentação de
Moacir Andrade, a mostra “Travessia” aconteceu no hall do Teatro Amazonas, dentro
do Projeto Hanneman. Daí não parou mais de produzir, fazendo muitas exposições
individuais e coletivas. Em 1984 lançou seu primeiro livro de poesias “Anjos e
Mistério”. No mesmo ano também criou a escultura “Baiacu de Ouro”, um troféu
para o jornalista Carlos Aguiar premiar os destaques amazônicos. Em 1988 criou
os troféus “Índios de Ouro e de Prata” para a mostra de cinema do I Encontro
Cultural das Amazônias - evento patrocinado pela Fundação Cultural do Amazonas.
Em 1982 e 1984 foi premiado em dois salões
nacionais patrocinados pelo Banco do Brasil. Em 1989 recebeu Menção Honrosa no
“Salão Suframa de Artes Plásticas”. Em 1997 recebeu “Diploma de Honra ao Mérito
pela Contribuição a Cultura Amazonense”, outorgado pela Associação dos
Escritores do Amazonas (ASSEAM). Em 2011 recebeu a “Medalha do Mérito Cultural
Péricles Moraes”, pela Academia Amazonense de Letras.
No ano de 1995, conheceu o compositor
parintinense J. Carlos Portilho, que depois de ler seus poemas o levou para o
Boi Bumbá Caprichoso, onde compôs durante 3 anos para o referido boi. Depois
surgiram outros parceiros e hoje tem composições gravadas em mais de 30 CD’s.
Já ilustrou mais de 40 capas de livros, CD’s, guias, lista telefônica, programa
de um concerto de Arthur Moreira Lima e um rótulo de guaraná, nos Estados
Unidos. Teve trabalhos publicados em todos os jornais e revistas de Manaus e em
revistas nacionais como Vogue, Terra, Isto É, BB.Com, jornal O Globo, além de
outras publicações internacionais.
“Sinto-me
orgulhoso de ser o autor da Medalha de Ouro Cidade de Manaus ao amigo Rui
Machado, considerado como um dos mais importantes artistas plásticos do
Amazonas. Homenagem mais do que merecida”, destaca Mário. (Por: Roberto Pacheco - MTb 426)
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