Arthur tem poucos recursos para resolver
os problemas deixados pelo Amazonino, responsável pela Manaus destruída, em
pedaços.
Por:
Vereador Mário Frota*
Política
deve ser feita com decência, coerência e coragem. Sem esses atributos o
político não tem como cumprir com dignidade e honestidade o seu mandato. É
assim que penso, e vai ser assim até o último dia no exercício da minha vida
política.
Soube que, em determinada rodada, algumas
pessoas apostaram que em dois meses, no mais tardar, eu começaria a fazer
críticas à administração do Arthur Virgílio.
A mesma coisa aconteceu quando a chapa
Serafim Correa e Mário Frota saiu vencedora na eleição de 2005, em que
Amazonino Mendes, até então considerado o mais importante ícone da política
local, mesmo com o apoio ostensivo das três máquinas administrativas (municipal,
estadual e federal), foi fragorosamente derrotado. Logo depois da nossa posse, chegou-me
aos ouvidos que, na área da SEFAZ, um grupo teria organizado um bolão, em que a
aposta consistia que, em 90 dias, eu romperia com o Serafim.
Tive dificuldades com o Serafim, é verdade,
quanto a isso todo mundo sabe, mas a coisa só recrudesceu no decorrer do
terceiro ano da administração, quando percebi que o navio estava à deriva e,
caso não fosse feito os devidos ajustes para levá-lo a um porto seguro, com
certeza que iria se rebentar contra as rochas e afundar. Fato que infelizmente
aconteceu, haja vista que Serafim foi o único candidato a prefeito nas capitais
que, embora chegando ao 2º turno, perdeu a eleição de goleada.
Muita gente, com certeza, deve estar
frustrada por ver que a atual administração já chegou ao 11º mês, mas, até o
presente momento, continua intacta em relação a qualquer crítica por mim
formulada. Pelo contrário, na condição de líder do PSDB na Câmara Municipal,
tenho defendido a administração do Arthur por entender que é boa, íntegra, que
faz o que pode apesar dos recursos minguados que dispõe para resolver todos os
problemas deixados pela administração Amazonino Mendes, responsável pela Manaus
destruída, em pedaços.
Apoio o Arthur, mas não abro mão dos meus
princípios, até porque, conhecendo a minha história, o meu amigo prefeito jamais
vai exigir algo absurdo que possa manchar a minha biografia. Da tribuna
manifestei-me contra o programa petista do mais médico por entender demagógico
e eleitoreiro, fórmula encontrada pelo PTmetralha para ajudar Cuba, uma ditadura falida e soterrada pelo tempo.
Pois bem. No início da semana eis que chega
o projeto do executivo municipal estabelecendo ajuda de moradia e de alimentos
para o mais médico. Por ocasião da liberação do dito projeto, via questão de ordem,
disse que na condição de presidente da Comissão de Constituição, Justiça e
Redação da Casa daria andamento a matéria e até votaria a favor, haja vista que
tecnicamente não tinha nada a opor, mas que, ao chegar ao plenário, onde a
decisão é de caráter político, iria me abster, como o fiz dois dias depois.
Política deve ser feita com decência,
coerência e coragem. Sem esses atributos o político não tem como cumprir com
dignidade e honestidade o seu mandato. É assim que penso, e vai ser assim até o
último dia no exercício da minha vida política.
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.
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