quarta-feira, 13 de novembro de 2013

FÉLIX VALOIS CONFIRMA FATO NARRADO EM ARTIGO MAS DIZ A VEREADORES QUE NÃO ESTÁ AUTORIZADO A REVELAR NOME DE EMPRESÁRIO ALVO DA COBRANÇA DE PROPINA

Vereadores estiveram reunidos com o advogado Felix Valois para ouvi-lo sobre artigo
Para o presidente da Comissão Especial, vereador Mário Frota, a missão da comissão se cumpriu, no entanto, o parlamentar afirmou que vai aguardar o retorno do advogado no sentido de que outras informações possam ser passadas pelo empresário que pediu sigilo.

O advogado Félix Valois disse à comissão de vereadores da Câmara Municipal de Manaus que apura os fatos envolvendo suposta cobrança de propina para aprovação de emendas referente ao aumento de gabaritos no novo Plano Diretor de Manaus que a informação reproduzida por ele em seu artigo “Plano Diretor e Estelionato” é verdadeira, mas que não está autorizado a revelar o nome do amigo que lhe relatou o fato, nem mesmo o nome da empresa onde a cobrança de propina teria ocorrido.
“Ele me confirmou que foi procurado em sua empresa e eu apenas relatei o ocorrido. Não escrevi nem a mais nem a menos. Não fui autorizado por ele a revelar o nome dele, mas vou conversar com ele novamente e saber se ele está disposto a confirmar o que ele me disse”, declarou o jurista durante reunião com os vereadores Mário Frota (PSDB), professora Jacqueline (PPS), Alonso Oliveira (PTN), Júnior Ribeiro (PTC) e Gilmar Nascimento (PDT), ocorrida em seu escritório na tarde desta terça-feira, 12 de novembro.
Na conversa que durou cerca de 40 minutos, Félix Valois voltou a afirmar que o amigo ressaltou que quatro homens vestidos de paletó e gravata lhe cobraram propina e afirmaram serem vereadores e com isso conseguirem a aprovação de uma emenda propondo a elevação de 25 gabaritos para os imóveis verticais em Manaus como proposta de alteração do Plano Diretor.
“Eu não posso imaginar que os vereadores da minha cidade estão fazendo isso. Prefiro acreditar que pessoas estejam se passando de parlamentares para obter vantagem”, destacou Félix.
A vereadora Jacqueline sugeriu que fossem mostradas fotos dos vereadores para que o empresário pudesse fazer algum tipo de reconhecimento ou não.
O advogado informou aos jornalistas e aos vereadores que soube do fato durante um churrasco de fim de semana com o amigo. “Pelo que ele me disse não me parece que ele procurou as autoridades policiais para denunciar o ocorrido”, completou.
O vereador Júnior Ribeiro não descartou a possibilidade da Comissão convocar o amigo de Félix Valois para prestar esclarecimentos na CMM.
Para o presidente da Comissão Especial, vereador Mário Frota, a missão da comissão se cumpriu, no entanto, o parlamentar afirmou que vai aguardar o retorno do advogado no sentido de que outras informações possam ser passadas pelo empresário que pediu sigilo.
“A nossa esperança era de que ele citasse o nome para que pudéssemos chegar à essa pessoa, à sua empresa e até mesmo ouvir os empregados, solicitar as imagens do circuito de tv a fim de identificar essas pessoas que estão se passando por vereadores”,  disse Frota.
Félix Valois é advogado criminalista e presidente do Conselho Municipal de Gestão da Prefeitura de Manaus e no último dia 8, o jornal Diário do Amazonas e o Portal D24 publicaram artigo do jurista em que ele denunciou um suposto golpe de extorsão que estaria sendo aplicado por quatro homens travestidos de vereadores junto a um comerciante da construção civil para agilizar a aprovação de propostas do Plano Diretor de Manaus quanto à altura dos prédios de até 25 andares.
No mesmo dia da publicação do artigo, o presidente da CMM, vereador Bosco Saraiva (PSDB) encaminhou um comunicado à Secretaria de Estado da Segurança Pública solicitando a apuração dos fatos relatados por Félix Valois e ontem, segunda-feira, 11, determinou a instalação de uma comissão especial composta de vereadores que atuam na área do Direito para acompanhar o caso.

Texto: Dircom/CMM
Foto: Robervaldo Rocha/CMM

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