Vereadores estiveram reunidos com o advogado Felix
Valois para ouvi-lo sobre artigo
Para
o presidente da Comissão Especial, vereador Mário Frota, a missão da comissão
se cumpriu, no entanto, o parlamentar afirmou que vai aguardar o retorno do
advogado no sentido de que outras informações possam ser passadas pelo
empresário que pediu sigilo.
O advogado Félix Valois disse à comissão de
vereadores da Câmara Municipal de Manaus que apura os fatos envolvendo suposta
cobrança de propina para aprovação de emendas referente ao aumento de gabaritos
no novo Plano Diretor de Manaus que a informação reproduzida por ele em seu
artigo “Plano Diretor e Estelionato” é verdadeira, mas que não está autorizado
a revelar o nome do amigo que lhe relatou o fato, nem mesmo o nome da empresa
onde a cobrança de propina teria ocorrido.
“Ele me confirmou que foi procurado em sua
empresa e eu apenas relatei o ocorrido. Não escrevi nem a mais nem a menos. Não
fui autorizado por ele a revelar o nome dele, mas vou conversar com ele
novamente e saber se ele está disposto a confirmar o que ele me disse”, declarou
o jurista durante reunião com os vereadores Mário Frota (PSDB), professora
Jacqueline (PPS), Alonso Oliveira (PTN), Júnior Ribeiro (PTC) e Gilmar
Nascimento (PDT), ocorrida em seu escritório na tarde desta terça-feira, 12 de
novembro.
Na conversa que durou cerca de 40 minutos,
Félix Valois voltou a afirmar que o amigo ressaltou que quatro homens vestidos
de paletó e gravata lhe cobraram propina e afirmaram serem vereadores e com
isso conseguirem a aprovação de uma emenda propondo a elevação de 25 gabaritos
para os imóveis verticais em Manaus como proposta de alteração do Plano
Diretor.
“Eu não posso imaginar que os vereadores da
minha cidade estão fazendo isso. Prefiro acreditar que pessoas estejam se
passando de parlamentares para obter vantagem”, destacou Félix.
A vereadora Jacqueline sugeriu que fossem
mostradas fotos dos vereadores para que o empresário pudesse fazer algum tipo
de reconhecimento ou não.
O advogado informou aos jornalistas e aos
vereadores que soube do fato durante um churrasco de fim de semana com o amigo.
“Pelo que ele me disse não me parece que ele procurou as autoridades policiais
para denunciar o ocorrido”, completou.
O vereador Júnior Ribeiro não descartou a
possibilidade da Comissão convocar o amigo de Félix Valois para prestar
esclarecimentos na CMM.
Para o presidente da Comissão Especial,
vereador Mário Frota, a missão da comissão se cumpriu, no entanto, o parlamentar
afirmou que vai aguardar o retorno do advogado no sentido de que outras
informações possam ser passadas pelo empresário que pediu sigilo.
“A nossa esperança era de que ele citasse o
nome para que pudéssemos chegar à essa pessoa, à sua empresa e até mesmo ouvir
os empregados, solicitar as imagens do circuito de tv a fim de identificar
essas pessoas que estão se passando por vereadores”, disse Frota.
Félix Valois é advogado criminalista e
presidente do Conselho Municipal de Gestão da Prefeitura de Manaus e no último
dia 8, o jornal Diário do Amazonas e o Portal D24 publicaram artigo do jurista
em que ele denunciou um suposto golpe de extorsão que estaria sendo aplicado
por quatro homens travestidos de vereadores junto a um comerciante da
construção civil para agilizar a aprovação de propostas do Plano Diretor de
Manaus quanto à altura dos prédios de até 25 andares.
No mesmo dia da publicação do artigo, o
presidente da CMM, vereador Bosco Saraiva (PSDB) encaminhou um comunicado à
Secretaria de Estado da Segurança Pública solicitando a apuração dos fatos
relatados por Félix Valois e ontem, segunda-feira, 11, determinou a instalação
de uma comissão especial composta de vereadores que atuam na área do Direito
para acompanhar o caso.
Texto:
Dircom/CMM
Foto:
Robervaldo Rocha/CMM
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