05 Maio 2011
Posted in Política
Os políticos em geral condenam a desativação das Comarcas, como de resto a sociedade. Veja os depoimentos:
JOÃO THOMÉ MESTRINHO (PMDB) - A eleição no interior, é marcada por uso do poder econômico e troca de favores. Sem a Justiça Eleitoral, a vontade popular não poderá ser expressada de forma cristalina. A vontade que vai prevalecer é a de alguns grupos, mascarando, assim, a vontade popular. Sem a estrutura da Justiça, em cada município, é como se recuar no tempo e voltar ao início do século passado.
FRANCISCO PRACIANO (PT) - A população paga impostos para ter em troca cidadania. E, quando um poder não cumpre esse dever, ele põe em risco a vida das pessoas, cerca de 600 mil, porque haverá desrespeito às eleições. Do ponto de vista político, a desativação é, extremamente, grave para a democracia, porque mais de 50% do interior do Amazonas vai ficar sem lei. E, naturalmente, que isso coloca em risco as eleições do próximo ano. Vamos ter que reagir contra este absurdo.
MÁRIO FROTA (PDT) - Vejo a desativação como algo, profundamente, preocupante para o povo do meu querido interior. O povo já andava abandonado, socialmente, e agora, a sua grande maioria estará, também, abandonada pela Justiça. Nomear um juiz para cuidar da lei, em vários municípios, vai se revelar muito mais caro, porque esse magistrado vai precisar fretar aviões para chegar, com rapidez, a cada um dos municípios. Vai acontecer todo tipo de atrocidade, com a lei sendo mantida por um policial, a mando do prefeito. É a pior coisa que poderia ocorrer aos pequenos partidos e, sobretudo, aos opositores dos prefeitos. Se alguém contestar um prefeito será igua comol estar na Líbia, e pensar diferente do ditador Muamar Kadafi. Com a desativação das Comarcas, mais de 50% do interior do Amazoans vai voltar ao coronelismo. (O.F.)
Fonte: http://www.blogdafloresta.com
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