Tudo isso ocorre porque o prefeito não cumpriu a sua promessa de campanha de que, eleito, “resolveria os problemas do transporte coletivo em ônibus em 120 dias”. Passados mais de dois anos e eis que a situação vem piorando dia a dia, ao ponto de termos mais de quarenta ônibus no prego todos os dias nas ruas de Manaus, quando não pegando fogo.
O povo tem razão. A paciência dele terminou. O prefeito e os seus parceiros donos de ônibus continuam enganando-o. Quem achar que o povo não tem razão quando depreda ou toca fogo nesses ferros velhos, que deixe o seu carro em casa e entre numa dessas porcarias para ir para o trabalho. Fosse usuário de ônibus eu seria o primeiro a protestar e ajudar na quebradeira. Paciência tem limites. A do povo já acabou há muito tempo.
O clássico de Henry David Thoreau, A DESOBEDIÊNCIA CIVIL, que inspirou a Guerra de Secessão nos Estados Unidos - influenciou Gandi (que dizia ser um dos seus livros de cabeceira), o pastor Martin Luther King, o nosso Rui Barbosa, que nele se inspirou para escrever o ensaio Direito de Revolução - tem que ser lido por mais gente nesta terra. Para Thoreau, o governante perde legitimidade quando não cumpre compromissos assumidos com o povo que, a partir daí, fica no direito de afastá-lo, até pela força. Parafraseando, aqui, o grande Cícero nas suas Catilinárias: “Até quando Amazonino, tu e os teus amiguinhos donos de ônibus, continuarão abusando da paciência do povo de Manaus”?
Por: Vereador Mário Frota
Líder do PDT na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM
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