segunda-feira, 24 de agosto de 2015

AUDIÊNCIA PÚBLICA DISCUTE PREÇO DA GASOLINA COM AUSÊNCIA DE REPRESENTANTES DO PROCON E DA REMAN




Mário Frota: “acredito que a solução reside, de imediato, na instalação de uma CPI para investigar o alto preço do litro da gasolina cobrado em Manaus”.


“... numa audiência pública ninguém que é convidado é obrigado a se fazer presente, a exemplo do que aconteceu com a ausência das autoridades acima citadas, na CPI ninguém pode se recusar a comparecer. Ou comparece por bem, ou por meio coercitivo, ou melhor, por decisão judicial, como também não pode mentir, sob pena de ser punido por perjúrio”
Nesta sexta foi realizada, no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM) a audiência pública que propus para ouvir os atores responsáveis pelo elevado preço da gasolina em Manaus, assim como as autoridades responsáveis pela fiscalização da venda desse produto no nosso município. Essa reunião foi uma espécie de preliminar com objetivo de, a posterior, ser instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as causas que levaram a gasolina comercializada em nossa cidade a ser a mais cara do País, apesar de termos uma refinaria de petróleo no nosso quintal, ou melhor, nos limites da cidade, fato único em todo o Brasil.
Portanto, lá estiveram presentes além de muitos proprietários de postos de gasolina e das principais distribuidoras, também autoridades ligadas ao setor, a exemplo do Dr. Otávio de Souza Gomes, promotor do Ministério Público do Estado do Amazonas; Noel Moreira Santos, dirigente da Agência Nacional do Petróleo no Amazonas; Cristiano Pinheiro da Costa, defensor da Defensoria Pública do Estado do amazonas, além de outras importantes autoridades.
O Presidente da Comissão do Consumidor, da CMM, vereador Álvaro Campos, que presidiu o evento em questão, portou-se com equilíbrio e autoridade no comando de uma reunião com uma pauta polêmica com quase três horas de duração.
O que se estranhou, fato que me reportei quando ocupei a tribuna, foi quanto a ausência de três figuras importantes nesse tipo de debate: dos representantes do Procon do Município e do Estado, assim como do dirigente da Reman - Refinaria de Manaus, todos eles importantes em tal reunião, principalmente o cidadão que representa a refinaria, Isaac Benaion Sabbá, pois somente ele poderia nos dizer o preço que gasolina é vendida às distribuidoras que abastecem os postos da cidade.
Fora a decepção provocada por esses três dirigentes de órgãos extremamente necessários à reunião que promovemos na CMM, a discussão transcorreu em clima democrático e civilizado. Apesar da insistência do Presidente da Casa, Wilker Barreto, acreditar que antes da instalação de uma CPI, primeiro se deveria convocar a sociedade numa audiência pública, pessoalmente acredito e ouso discordar que a solução reside de imediato na instalação de uma CPI, o instrumento constitucional criado para fazer esse tipo de investigação.  E, por quê? É muito simples explicar, pois, enquanto numa audiência pública ninguém que é convidado é obrigado a se fazer presente, a exemplo do que aconteceu com a ausência das autoridades acima citadas, na CPI ninguém pode se recusar a comparecer. Ou comparece por bem, ou por meio coercitivo, ou melhor, por decisão judicial.

Por: Vereador Mário Frota*
*Advogado;
*Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.

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