Terminal
de Abastecimento da Refinaria de Manaus Isaac Sabbá (Reman): apesar
de ter refinaria, Manaus pratica preços mais elevados de gasolina que em outras
cidades.
Por:
Vereador Mário Frota*
Como
explicar que em Boa Vista (RR), o preço do litro de gasolina custa R$ 3,16, e
Macapá (AP), 3,19? A primeira, no caso, Boa Vista, localizada a mais de 700
quilômetros, o preço é mais em conta do que o praticado aqui. E custo
transporte não conta? Por que os preços praticados nos postos de Iranduba e
Manacapuru são mais baratos do que em Manaus? A saída que vejo para responder a
tantos questionamentos é a instalação de uma CPI, fato que estou pensando
seriamente em levar a termo na Câmara.
Tem que haver uma explicação que justifique
o preço absurdamente elevado da gasolina que consumimos aqui em relação a
outros estados, a exemplo de São Paulo.
No fim da semana passada, de passagem pela capital paulista, pude observar que os preços do litro da gasolina são bem
mais em conta do que os praticados na nossa Manaus.
Surpreso, vi que, ao contrário daqui, onde
o preço nos postos é basicamente o mesmo, com variações mínimas, em torno de um
centavo – e isso quando existe – em São Paulo há uma grande oscilação no preço
desse produto praticado nos inúmeros postos por mim visitados e devidamente
fotografados.
A dedução de tudo que pude observar é que,
em São Paulo, a diferenciação no preço da gasolina oferecida pelos milhares de
postos que abastecem a cidade inexiste a figura do cartel. O que prevalece é o
mercado, ou seja, os preços são frutos de uma competição entre as
distribuidoras e os postos onde o produto final é comercializado e onde milhões
de consumidores abastecem os seus veículos automotores.
Outro fato: também percebi que nos bairros ricos
da capital paulista os preços da gasolina são mais elevados do que nos mais
pobres, geralmente localizados na periferia. Nos bairros centrais me deparei
com gasolina de até R$ 3.29, contra R$ 2.86, o preço mais barato encontrado em
áreas mais afastadas. Ao todo pesquisei preços dos mais variados que dão opção
ao consumidor a fazer uma economia de até R$ 44 centavos por litro a ser
consumido.
Comparado a capital paulista, que se
abastece da gasolina da refinaria de Paulínia, a 100 quilômetros, a nossa está
inserida nos limites de Manaus, inexistindo, portanto, o chamado custo
transporte. E por que, aqui, o preço do litro da gasolina está entre os mais
caros do País? Como explicar que cidades, a exemplo de Boa Vista (RR), R$ 3,16,
e Macapá (AP), 3,19, o preço é bem mais barato? A primeira, no caso, Boa Vista,
localizada a mais de 700 quilômetros, o preço é mais em conta do que o
praticado aqui. E custo transporte não
conta? Ora, por que alguém não me responde a esta pergunta?
A saída que vejo para responder a tantos
questionamentos é a instalação de uma CPI, fato que estou pensando seriamente
em levar a termo na Câmara, a exemplo do que fiz quando deputado estadual.
Lembro-me de que quando ela foi instalada, Manaus ostentava a gasolina mais
cara do País. Pouco mais de um mês já era a mais barata. Outra pergunta que não quer calar: por que os
preços praticados nos postos de Iranduba e Manacapuru são mais baratos do que
em Manaus? Por tudo isso, o povo dessa cidade tem o direito de saber as razões
que levam os preços cobrados em Manaus a pontificar entre os mais caros do
País.
Foto:
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.
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