Por:
Vereador Mário Frota*
É
surpreendente que políticos como Praciano, José Ricardo e os vereadores
Waldemir José, professor Bibiano e Rosi Matos, não assumem qualquer posição de
crítica ou falam em abandonar o navio apodrecido do Lula e da Dilma. Ainda não
se deram conta da gravidade da situação e, em razão disso, continuam defendo os
criminosos do mensalão, a exemplo de José Genoíno e José Dirceu, como se fossem
eles heróis nacionais.
A prisão, ontem, do tesoureiro do PT, João
Vaccari Neto, é apenas mais um triste espetáculo na
descida ao precipício moral do partido da estrela vermelha, fundado há 35 anos
por Luís Inácio Lula da Silva, na época líder metalúrgico em São Paulo.
Três décadas e meia depois de seu surgimento e de 12 anos no poder, eis que o
partido de Lula afunda no maior pântano
de corrupção que se tem notícias na história deste País, desde a chegada no
nosso litoral das caravelas de Cabral.
Digo tudo isso imaginando na decepção de
milhões de brasileiros que, nesse meio tempo, apostaram todas as suas fichas no
Partido dos Trabalhadores (PT), acreditando, piamente, que ele fosse consertar
o nosso País, minado de corrupção por todos os lados.
Brasil afora, pessoas tomadas de ideal
apoiaram esse partido, envolvendo sindicatos de trabalhadores de todas as
categorias, intelectuais, profissionais liberais e parte significativa da
Igreja Católica, com muitos padres transformando os púlpitos das suas paróquias
em palanques políticos na defesa dos ideais petistas.
O exemplo que estou sempre relatando dessa
adesão ao partido fundado por Lula, foi o ocorrido aqui no Amazonas. Uma
plêiade de intelectuais, todos professores
da UFAM, fundaram o PT. Na primeira fila se encontravam Marcos Barros,
Osvaldo Coelho, Marilene Correia, Renan Freitas Pinto, Marcio Souza, Aloísio Nogueira.
Passado os anos, hoje nenhum desses
companheiros continua filiado ao PT. Decepcionados com os rumos que o partido
assumiu, todos eles saíram em debandada para nunca mais voltar. Ao longo do
território nacional ocorreu a mesma coisa. Nos dias atuais, intelectuais de
renome que fundaram o PT, a exemplo do ex-promotor de São Paulo, Hélio Bicudo, atualmente
fazem críticas ácidas aos descaminhos do partido, em especial à figura do Lula,
a quem culpam pela derrocada moral do partido.
O que não entendo é que, frente aos mais
cabeludos e já comprovados escândalos de corrupção que atingem em nível nacional
o PT, parlamentares que pessoalmente sempre considerei como pessoas sérias
continuam ainda defendendo esse partido pútrido, a esse corpo infectado pelo
vírus da corrupção, como se nada estivesse acontecendo. Nada os abala
moralmente. É surpreendente que
políticos como Praciano, José Ricardo e os vereadores Waldemir José, professor
Bibiano e Rosi Matos, não assumem qualquer posição de crítica ou falam em
abandonar o navio apodrecido do Lula e da Dilma. Ainda não se deram conta da
gravidade da situação e, em razão disso, continuam defendo os criminosos do
mensalão, a exemplo de José Genoíno e José Dirceu, como se fossem eles heróis
nacionais. Ao longo da minha vida, sobre
más companhias, sempre ouvi de meus pais: “cuidado, filho, quem convive com
porcos farelos come”. Será que essa turma
ainda não percebeu do que pior do que conviver com porcos, é estar abraçados
diariamente com ratos e ratazanas de esgoto?
*advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.
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