A
construção do King Abdullah aconteceu em 390 dias.
Por:
Vereador Mário Frota*
Essa
resposta quem tem que dar é o próprio povo que, a cada eleição pode, caso
queira, mudar os políticos corruptos, a exemplo dos petralhas que hoje
desavergonhadamente saqueiam este País, construído por homens e mulheres
comprometidos com o futuro dos seus filhos e netos. A solução é simples. Tudo depende do nosso
povo querer mudar.
Por que, no Brasil, as grandes obras públicas
são superfaturadas, a exemplo do que aconteceu com o Estádio Nacional de
Brasília Mané Garrincha, construído no Distrito Federal, para os jogos desta Copa?
É uma vergonha em comparação com os gastos da construção
do estádio King Abdullah, recentemente inaugurado na Arábia Saudita, que saiu
do zero e em um ano foi concluído. É um verdadeiro caso de polícia.
Enquanto o Mané Garrincha custou aos cofres
do País R$ 1,9 bilhão, o King Abdullah foi construída por R$ 1,18 bilhão, ou
seja, 61% mais barato do que a nossa arena. Agora, o pior mesmo, é comparar o
que foi feito em uma e na outra. Daí fica bem claro a roubalheira, marca maior
da administração petista nesses 12 anos de desgoverno de Lula e Dilma.
Vamos, então, aos comparativos. Ora,
enquanto no Mané Garrincha gastou-se R$ 200 milhões só na cobertura, atualmente
cheia de goteiras e, até a presente data, ainda não foram construídas as
prometidas quadras esportivas, o parque aquático e o cinema drive-in, sem falar
que a pavimentação no seu entorno ainda é precária, a
King Abdullah, extraordinária em arrojo e beleza, recentemente inaugurada, acomoda 60 mil
pessoas, tem um ginásio de atletismo com
capacidade para 2 mil pessoas, oferece estacionamento para 45 mil carros,
inúmeras quadras de esporte, campos de futebol para recreação, uma mesquita
(templo islâmico) e ainda dispõe de uma
suíte para hospedar o rei.
É de espantar a diferença nos gastos com
essas duas obras. De espantar ainda mais é se tal comparação for feita entre a
arena construída na Arábia Saudita, ao custo de R$ 1,18 bilhão com a daqui,
construída em cima do Vivaldão, em torno de R$ 800 milhões. E é de se
perguntar: o que foi feito aqui que justifique gastos tão elevados comparados a
King Abdullah, da Arábia Saudita? A nossa nem estacionamento tem, aliás, não
tem nada, a não ser as edificações da própria arena, projetada para receber 45
mil pessoas, proporcionalmente bem menor do que a da Arábia Saudita.
Por que aqui, volto a questionar, as obras
públicas são disparadamente mais caras do que as construídas em outros países?
Comparativamente ao que foi gasto sobre a ponte que atravessa o Rio Negro e uma
gigantesca construída recentemente na China, medindo 42 km, a nossa tem o preço
10 vezes mais elevado. É estarrecedor, mais do que isso, uma vergonha.
Quando finalmente esse tipo de ladroeira
com o dinheiro do povo vai ter um fim?
Essa resposta quem tem que dar é o próprio povo que, a cada eleição
pode, caso queira, mudar os políticos corruptos, a exemplo dos petralhas que
hoje desavergonhadamente saqueiam este País, construído por homens e mulheres
comprometidos com o futuro dos seus filhos e netos. A solução é simples. Tudo depende do nosso
povo querer mudar.
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.
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