O pai do Plano Real, o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso
Por:
Vereador Mário Frota*
Para
o investidor lá de fora voltar a acreditar na recuperação econômica do Brasil,
basta, por exemplo, que o Aércio Neves declare que, eleito, vai convidar o pai
do Plano Real, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para ocupar o
Ministério da Fazenda. Basta isso para que investidores de todo o mundo voltem
a acreditar no Brasil.
Quem, morando aqui ou vivendo em outro país,
vai hoje se arriscar investindo o seu dinheiro na Petrobras? Para fazer isso,
esse investidor deve estar louco, suficientemente maluco, acendendo o fogo com
nota de R$ 100,00.
Que outra grande empresa privada ou
pública, no mundo, nos dias atuais enfrenta maior escândalo do que a nossa
Petrobras? Acredito que nenhuma. Aqui a bandalheira provocada pelo PT vai de A
a Z, e a lama já começa a subir pelas paredes, alcançando
também figurões de partidos aliados ao esquema de corrupção alimentado, nesses
12 últimos anos, por Lula e Dilma. Uma tragédia.
Aqui
vai uma pergunta que não quer calar e que, acredito, deve estar entalada na
garganta de muita gente: tem a Petrobras, com uma dívida de R$ 280 bilhões e em
queda livre na bolsa de ações, recuperação, ou melhor, salvação sob a
administração de Lula e Dilma, essa tão
somente marionete do chefão do mensalão?
Ouso responder que não. Sem mudança no
governo federal, ou melhor, a permanecer o atual quadro, nem a Petrobras e nem
o Brasil têm salvação. O mercado de ações é extremamente sensível e, em casos
como o que atinge a Petrobras, a tendência natural é o recuo do investidor
interno e externo, preferindo aplicar o seu dinheiro em empresas mais sólidas,
por medo do que, por exemplo, aconteceu com o grupo econômico sob o comando de
Eike Batista que, do dia para a noite quebrou, e prejudicou uma centena de
milhares de investidores de todo o mundo. Ora, só mesmo um doido poderia hoje
comprar ações em qualquer das empresas desse senhor Eike.
Por tudo isso, é que digo que a salvação da
Petrobrás, uma empresa que, há 12 anos, participava do grupo seleto das 20
maiores empresas do mundo e, agora, ocupa uma humilhante 122º posição, sem falar
que de 2009 para cá as suas ações desabaram em 60 por cento, ou seja, uma ação
comprada por R$ 100, cinco anos depois está valendo míseros
R$ 40,00, vai depender, fundamentalmente, de um novo governo com credibilidade
capaz de despertar confiança nos investidores.
Não ocorrendo a mudança de governo, o
Brasil inexoravelmente estará fadado ao mesmo tipo de falência que atingiu
primeiro as empresas de Eike Batista e, mais recentemente, a Petrobras. Para o
investidor lá de fora voltar a acreditar na recuperação econômica do Brasil, basta,
por exemplo, que o Aércio Neves declare que, eleito, vai convidar o pai do
Plano Real, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para ocupar o Ministério
da Fazenda. Basta isso para que investidores de todo o mundo voltem a acreditar
no Brasil.
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de onstituição, Justiça e Redação da MM.
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