Por:
Vereador Mário Frota*
O bolsa
família, já beneficia 40% da população brasileira e, por motivos eleitoreiros,
sabe-se que é intenção dos dirigentes do PT ultrapassar os 50%, e, com isso, a
perpetuação desse partido no poder. Por que o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), na defesa de eleições limpas e justas, não denuncia e toma uma atitude
para coibir tal abuso contra a democracia?
O que se sabe é que o objetivo do bolsa
família foi retirar da miséria famílias em profunda
degradação social. Até aí tudo bem. O problema é que, com o passar do tempo,
esse programa social, na era Lula e Dilma, terminou por se transformar no carro
chefe de campanhas eleitorais. Órgãos de imprensa, ultimamente vêm alertando
que esse programa já beneficia 40% da população brasileira e, por motivos
eleitoreiros, sabe-se que é intenção dos dirigentes do PT ultrapassar os 50%,
e, com isso, a perpetuação desse partido no poder.
Há dois meses a revista Veja, em matéria sobre
o bolsa família, citou um município no Estado do Maranhão onde 95% da população
é hoje beneficiada pelo bolsa família. Pessoalmente, confesso que fiquei
surpreso. Acreditava que o número de pessoas protegidas por esse projeto social
estivesse abrangendo muitos brasileiros, mas nem tanto.
Por que a administração do PT se esforça
tanto por aumentar o número de pessoas inscritas nesse programa? Preocupados
com os pobres do País? Pessoalmente não acredito nessa hipótese, haja vista,
por exemplo, que os serviços responsáveis pela transposição do Rio São
Francisco, com objetivo de irrigar áreas pobres do Nordeste, há anos estão
parados, sem previsão de recomeço.
Por que, então, o governo federal em vez de
tocar projeto que todos sabemos fundamentais para a redução da pobreza, a
exemplo da transposição do Rio São Francisco para as áreas secas do Nordeste, que
todos sabemos que vai retirar milhares de pessoas da miséria, prefere investir
maciçamente no programa bolsa família? A resposta todos sabemos: a perpetuação
dessa quadrilha que chegou ao poder há 12 anos com o Lula jurando que iria melhorar a educação, a saúde
e dar emprego decente ao povo e não
esmola.
Nada disso aconteceu porque, em vez do
prometido, entendeu que o mais importante era dar o peixe e não ensinar o homem
a pescar. O resultado está aí, milhões de pessoas vivendo de uma esmola concedida
pelo Estado, sem quaisquer perspectivas de um emprego com carteira assinada.
O bolsa família, portanto, virou moeda de
troca em eleição presidencial. Caso o Congresso Nacional tivesse hoje
independência de votar uma lei impedindo os usuários desse tipo de benefício
votar para presidente da República, embora pudesse votar para outros cargos, a exemplo de vereador, deputados estadual e federal, senador e até governador, não tenho nenhuma dúvida que, de forma instantânea, os
dirigentes petistas deixariam de
investir pesado no bolsa família. Ora,
será que essa não seria uma medida correta, moralizadora, republicana? Perguntar
não ofende: por que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na defesa de eleições
limpas e justas, não denuncia e toma uma atitude para coibir tal abuso contra a
democracia?
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.
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