terça-feira, 3 de dezembro de 2013

MÁRIO FROTA CRITICA VENDA DA CIGÁS PELO ESTADO



Para mim a venda das ações da Cigás é um absurdo. Cheguei a dizer que o negócio desse tipo era melhor do que fazer contrabando de cocaína, pois o contrabandista corre o risco de morrer de bala da polícia ou ir para a prisão
A venda das ações da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) pelo Governo do Estado foi criticada na manhã desta terça-feira (3) pelo vereador Mário Frota (PSDB). O vereador acredita que o Estado vai fazer um péssimo negócio vendendo as ações da empresa, uma vez que ela transformou-se em uma mina de ouro, devido a sua valorização de 23% anualmente.
A Cigás, de acordo com o vereador, tem sua composição acionária dividida entre o Governo do Estado do Amazonas e a Manausgás Ltda., sendo o Estado detentor de 51% das ações ordinárias e 17% das ações preferenciais, essas que poderão ser negociadas com a empresa que já detém 83% dessas ações.
Mário Frota afirmou que como deputado estadual, à época de criação da empresa pelo então governador Amazonino Mendes, em 1995, ele e o então deputado Eron Bezerra (PCdoB), descobriram que Mendes queria inicialmente transportar o gás da área petrolífera de Urucu (Coari/AM) em balsas (barcaças) pelo rio Solimões para Manaus e consorciar-se com uma empresa americana, que descobriram estar falida. “Denunciamos na época e então o Amazonino (Mendes) criou a Cigás”, disse ele, para lembrar que hoje o grande lucro da empresa está associado ao Estado.
“Para mim a venda das ações da Cigás é um absurdo. Cheguei a dizer que o negócio desse tipo era melhor do que fazer contrabando de cocaína, pois o contrabandista corre o risco de morrer de bala da polícia ou ir para a prisão. Com o negócio bilionário da Cigás, o comprador não risco nenhum em relação à grana, embora o Estado controle a maioria das ações ordinárias”, disse ele, assegurando que à época a Manausgás pagou R$ 12 milhões pelas ações, que hoje valem R$ 1,272 bilhão. “É uma fortuna. A empresa cresceu e se avolumou”, garante.
O vereador disse, ainda, que com a aprovação do Plano Diretor de Manaus pela Câmara Municipal, nenhuma empresa que se instalar em Manaus vai poder mexer no solo sem observar a Cigás. “Vai ter que ter o controle da produção e venda de gás. E agora o governador quer vender os 17% para a empresa?”, questionou.
Mário Frota fez um apelo aos vereadores para se irmanarem no sentido de não deixar que essa iniciativa ocorra. “Representamos a população de Manaus e a Cigás se transformou em uma grande mina. O mercado maior da Cigás é Manaus, que possui 2 milhões de habitantes e um grande parque industrial. Será um crime contra o Estado do Amazonas”, argumentou.

Texto: Dircom/CMM
Foto: Tiago Corrêa/CMM

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