O prefeito Arthur Neto, ladeado por Josué Filho, da Rádio
Difusora e Bosco Saraiva, presidente da CMM
Por: Vereador Mário Frota*
Um
prefeito visitar a Câmara, de forma natural, sem que tenha sido convocado e sem
fazer alardes, só agora é que podemos ver. Cheios de empáfia e com o nariz
empinado, não davam eles a menor confiança aos vereadores... Em quatro anos, uma das poucas vezes que Amazonino
saiu do seu gabinete e apareceu de público, foi quando a televisão o mostrou
colérico, aos gritos, dizendo a uma pobre mulher: “então que morra!”
Nesta segunda, de forma espontânea, o prefeito
Arthur Virgílio Neto visitou a Câmara Municipal de Manaus (CMM), para
participar da homenagem que os vereadores programaram para enaltecer os 65 anos
e da Rádio Difusora e, aproveitando a oportunidade, explicou aos integrantes da Casa as razões dos empréstimos
que precisa fazer com propósito de investir nas melhorias da cidade.
Tudo isso seria normal, caso os
prefeitos anteriores fizessem a mesma coisa, ou seja, vez por outra, sem
precisar de convite oficial, aparecessem na sede do Legislativo Municipal para
informar aos vereadores os rumos e metas da administração. Só apareciam no
plenário da Câmara no início de cada ano para fazer a leitura da mensagem de
governo. E isso por mera obrigação legal.
O que acontece agora, por tudo que sei e conheço, em nada se encaixa com
administrações passadas.
Um prefeito visitar a Câmara, de forma
natural, sem que tenha sido convocado e sem fazer alardes, só agora é que podemos
ver. Cheios de empáfia e com o nariz empinado, não davam eles a menor confiança
aos vereadores que, por sua vez, também nada exigiam, não se faziam respeitar, apegados
que estavam à antiga tradição do beija mão e do toma lá, da cá, em torno de
cargos e outros mimos.
Arthur, ao agir de forma natural,
comportando-se totalmente diferente dos seus antecessores inaugura um novo
momento, procurando demonstrar que não deve existir subordinação do Legislativo
sobre o Executivo, mas respeito e consideração mútua. Acredito que tal
comportamento tem a ver com o tempo em que Arthur vivenciou no Legislativo,
poder no qual iniciou a sua vida pública, como deputado federal em 1982.
Outra faceta também diferente do atual
prefeito tem a ver com a sua disposição de trabalhar e visitar obras, muitas
vezes indo inspecioná-las até mesmo pela madrugada. Quem foi que viu, que possa
testemunhar, o ex-prefeito Amazonino Mendes inspecionando obras da sua
administração noite adentro? Uma das
poucas vezes, em quatro anos, que ele saiu do seu gabinete e apareceu de
público, foi quando a televisão o mostrou colérico, aos gritos, dizendo a uma
pobre mulher: “então que morra!”.
Com a manga da camisa arregaçada e de forma
humilde, vejo que o Arthur Virgílio inaugura uma nova era, um momento novo que
pressupõe um divisor de água entre o passado e o presente. Eis a principal
razão porque venho apoiando a sua administração.
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.
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