Texto:
Vereador Mário Frota*
Em
conversa que mantive recentemente com o Arthur, ele falou que já tem em mente
um plano para a Santa Casa. E foi além: “Mário, quem mexer no centro desta
cidade, estará na obrigação moral de resgatar a nossa Santa Casa de
Misericórdia”.
Ontem, com apoio do meu amigo, Paulo
Farias, secretário municipal de Limpeza Pública, conseguimos, mais uma vez,
retirar o lixo que tomava conta das dependências da nossa Santa Casa de Misericórdia.
Desejo, daqui, lembrar que, na
administração passada, apesar da dura oposição que fiz ao Amazonino, todas as
vezes que solicitei apoio ao então secretário de Limpeza Pública, José Aparecido,
para ajudar na retirada da sujeira que tomava conta da Santa Casa, o apoio veio
de imediato, sob a supervisão do seu diligente sub secretário, Túlio Kniphoff. Tal
fato vem a demonstrar que o sentimento de amor que todos sentimos pela Santa
Casa supera, em muito, as diferenças partidárias e ideológicas.
Na conversa que mantive com os garis que lá
estavam, na sexta-feira pela manhã, de todas aquelas pessoas humildes ouvi
expressões de preocupação com o abandono da Santa Casa e quando o grande
hospital vai voltar a ser o que foi até oito anos
atrás, quando teve as suas portas fechadas e, desde então, vive
no mais soberano abandono.
Esse tipo de indagação, partindo de pessoas
de camadas sociais diferentes, ouço todos os dias. Os ex-governadores e
prefeitos de Manaus deram as costas à Santa Casa. Nesse meio tempo gastaram-se
milhões de reais em obras, a exemplo do que foi investido na ponte sobre o rio
Negro e, mais recentemente, na Arena da Amazônia, o novo estádio para a Copa do
Mundo, mas nenhum centavo no hospital mais
antigo de Manaus, símbolo vivo da herança da medicina portuguesa no
Brasil.
A minha esperança, agora, repousa no Arthur
Virgílio, companheiro que, ao longo da sua história política, nunca decepcionou
ninguém. Em conversa que mantive recentemente com ele, falou-me que já tem em
mente um plano para a Santa Casa. E foi além: “Mário, quem mexer no centro
desta cidade, estará na obrigação moral de resgatar a nossa Santa Casa de
Misericórdia”.
Como dizia a minha velha mãe, para o bom
entendedor meia palavra basta. Não foi uma meia palavras que ouvi do meu amigo
prefeito, mas uma frase inteira, que
entendi como compromisso já assumido na defesa de um patrimônio que é de todos que habitam o nosso Amazonas e desejam uma solução urgente para uma questão que, de
forma vergonhosa, perdura há oito anos.
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.
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