Texto:
Vereador Mário Frota*
Percebo
no Arthur vontade de acertar porque é uma pessoa que estimula e valoriza o
debate. Tudo o que ele mais deseja é transformar Manaus, tornando-a mais
humana.
Nesse último sábado, ao meu convite, pela
manhã, o prefeito Arthur Neto visitou uma loja, aliás, uma galeria,
recentemente construída na rua Marcílio Dias, próxima a Casa do Trabalhador.
Mostrei ao Arthur algo muito parecido com
os Camelódromos (shoppings populares) construídos em Florianópolis (SC), com
imenso sucesso. As lojas da dita galeria têm aproximadamente seis metros
quadrados. O prédio oferece banheiros e é refrigerado. A diferença é que os
camelódromos de Florianópolis oferecem, além de uma praça de alimentação,
caixas eletrônicos de vários bancos, fato que contribui para aumentar a
presença de compradores.
Na galeria em questão as pessoas que
alugaram os boxes pagam R$ 1.500,00, soma nada barata para dispor de uma área
tão pequena. No entanto, as pessoas que lá trabalham nos afirmaram que está
dando para tirar o aluguel e sobreviver com os seus familiares. Uma boa
notícia.
Em nossa avaliação, o projeto a ser
desenvolvido pela Prefeitura de Manaus, nos moldes dos camelódromos de
Florianópolis, o aluguel dos boxes deve ser bem mais barato, recursos
necessários ao pagamento da energia, manutenção e segurança. Possivelmente
menos da metade do que vem sendo cobrado pelo proprietário da galeria da
Marcílio Dias.
Fato que fiz questão de mostrar ao prefeito
foi o número de edifícios na área, em desuso, alguns precisando de reparos, que
perfeitamente se prestam para a construção de shoppings populares, com
capacidade para abrigar parte dos camelôs que ocupam o centro da nossa Manaus.
Tocar esse projeto não vai ser fácil, mas, com certeza, vai ser enormemente
vantajoso para os camelôs e para os manauaras que desejam o resgate das áreas
centrais da cidade.
Como vice prefeito, da gestão do Serafim
Correia, percorri o Brasil para ver a solução que os governantes de outras
cidades haviam encontrado para equacionar duas graves situações: o do
transporte coletivo e o que envolve os nossos ambulantes, mais conhecidos por
camelôs. Pelas capitais que passei Manaus tinha o pior serviço de transporte de
massas e a única grande cidade do país que ainda não havia resolvido o problema
camelô. De nada adiantou as exposições que fiz e os relatórios que enviei ao
Serafim. Era como pregar no deserto.
Finalmente, agora, percebo no Arthur
vontade de acertar. Trata-se de uma pessoa que estimula e valoriza o debate.
Não se acha o dono da verdade, pelo contrário, com humildade, quer aprender. Tudo o que ele mais deseja é transformar
Manaus, tornando-a mais humana e civilizada, na cidade que queremos para os
nossos filhos e netos.
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.
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