sexta-feira, 9 de março de 2012

EMPARSANCO PROVOCA CRISE NO TRIBUNAL DE CONTAS


Vá em frente, dr. Carlos Alberto! Essa história escabrosa, envolvendo uma empresa alienígena, que não caiu aqui de pára quedas, mas desceu num disco voador de propriedade de gente ligada ao PT de São Paulo

Em manchete, diz o jornal Diário do Amazonas de hoje que “Arquivamento do caso Emparsanco provoca crise no Tribunal de Contas. A confusão se estabeleceu e está dando um tremendo barata voa, com todo mundo se esquivando das responsabilidades e jogando a culpa no outro.

Entendo que o quadro é deplorável e está a merecer uma investigação do Ministério Público do Estado (MPE). De minha parte, cumprindo com o meu dever de fiscal do povo de Manaus, estou entrando no MPE com uma representação, solicitando-lhe uma investigação sobre os fatos e, na Justiça, ingressando com uma Ação Popular, instrumento constitucional, colocado à disposição de qualquer cidadão deste País que deseje defender atos praticados pelo poder público em prejuízo ao erário.

Não vejo como alguém possa culpar o presidente do TCE, Érico Desterro, oriundo dos quadros do Tribunal e, por tudo o que dele sei, trata de um cidadão de bem. Outro que meto não apenas a mão, mas o braço todo no fogo, é o Procurador-Chefe do órgão, Carlos Alberto Almeida. Conheci-o na condição de sub-secretário da Casa Civil na administração em que exerci o mandato de vice-prefeito do Serafim.

É, portanto, louvável a posição do procurador-geral de contas de fazer uma apuração interna para descobrir quais motivos levaram o procurador de contas João Barroso, responsável pelos pareceres referentes à denúncia contra a Emparsanco, a desistir do recurso interposto no ano passado, questionando a decisão do conselheiro Josué Filho que, passando por cima de um relatório feito por técnicos do TCE - que não localizou grande parte das obras que deveriam ter sido construídos pela tal Emparsanco - determinou que o caso fosse analisado com as contas da Seminf, exercício 2010.

Vá em frente, dr. Carlos Alberto! Essa história escabrosa, envolvendo uma empresa alienígena, que não caiu aqui de pára quedas, mas desceu num disco voador de propriedade, segundo a Revista Veja, de gente ligada ao PT de São Paulo, precisa ser investigada a fundo, pois o povo de Manaus tem o direito de saber como foram aplicados os R$ 87 milhões oriundos dos seus impostos numa operação obscura que tinha por objetivo tapar buracos de ruas. O povo de Manaus o agradece.

Por: Vereador Mário Frota

Líder do PSDB na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

Foto: d24am.com

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