sexta-feira, 9 de março de 2012

BOLA DA VEZ LIVRA EMPARSANCO QUE CHEGOU EM DISCO VOADOR


Caramuri - nome da bola indicada para a Copa de 2014 - abafou denúncias contra Emparsanco, uma empresa alienígena que chegou a Manaus num disco voador e abocanhou a bagatela de R$ 87 milhões

Os antigos gregos definiam os parlamentos como casas da discussão. Bem a propósito, costumo dizer que a paz dos cemitérios não combina com parlamento. E por que digo tudo isso? Porque não acho correto, embora os temas na data de ontem no plenário da CMM, envolvendo uma reunião para tratar do nome que se deve dar a bola a ser usada na Copa de 2014 e, em seguida, outra, dessa vez para homenagear a Suframa, pelos seus 45 anos de vida, não sejam temas inadequados para um plenário, no entanto, jamais deveriam ocupar a manhã toda, como aconteceu, não sobrando espaço para que os parlamentares pudessem debater questões de alta relevância para o nosso povo, a exemplos da questão da água, um tema explosivo, e denúncias de corrupção envolvendo a Emparsanco, uma empresa alienígena que chegou a Manaus num disco voador e, como num passe de mágica, abocanhou da Prefeitura de Manaus, na véspera da eleição passada, sem enfrentar processo licitatório, a bagatela de R$ 87 milhões para tapar buraco de rua.

Duas reuniões boas, mas mornas, ocupando todo um espaço em que os vereadores podem promover vigorosos debates sobre temas que estão explodindo, que afetam os imediatos interesses do povo do município de Manaus. Que sejam realizadas reuniões, a exemplo do que acontece quase diariamente quando o plenário disponibiliza a tribuna por 30 minutos para ouvir reclamos de lideranças de entidades representativas da sociedade manauense. Tudo bem, isso é ótimo, é democrático. É sempre bom que a sociedade, através das suas lideranças, tenha o direito de se manifestar livremente nos parlamentos. No entanto, observo, com reservas, e até com tristeza, episódio como o ocorrido ontem, ou seja, quando todo o tempo que temos para debater assuntos relevantes da sociedade, terminou desperdiçado com duas reuniões que, em minha opinião, poderiam ser realizadas em pouco mais de uma hora, fato que não traria nenhum prejuízo aos trabalhos dos parlamentares no plenário, dando oportunidades aos vereadores se manifestar no pequeno ou mesmo no grande expediência, horário em que são travados os grandes debates no plenário da Casa. Caso a minha opinião valesse, fatos como os ocorridos ontem não mais se repetiriam. Infelizmente nem todos pensam assim.

Por: Vereador Mário Frota

Líder do PSDB na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

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