Esse jornal, não observando o conteúdo da matéria publicada neste Blog, diz que agora critico a CPI, mas fui um dos primeiros a assiná-la.
Imprensa séria, e merecedora do respeito dos leitores, é a que interpreta o todo de uma entrevista, e não uma mera frase pinçada aqui e ali. Digo isso, porque hoje um jornal local esqueceu o todo e resolveu publicar uma única frase da matéria publicada neste blog, em que manifesto minha desconfiança – e com razões de sobra - sobre o resultado, em termos objetivos, dessa CPI da água, instalada na última quarta feira na Câmara.
Esse jornal, não observando o conteúdo da matéria publicada neste Blog, diz que agora critico a CPI, mas fui um dos primeiros a assiná-la. Em matéria aqui publicada ontem, explico que, por uma questão de princípios assino qualquer CPI, até mesmo se a sua finalidade for para investigar a minha própria pessoa. Antes de assiná-la, da tribuna da CMM afirmei que uma CPI só é vitoriosa quando é isenta de pressões escusas deste ou daquele político, ou de grupos poderosos. A título de exemplo, venho citando a instalada no Senado para investigar a Petrobrás, que terminou em fracasso, com a oposição retirando-se em protesto, em razão da base governista ter, na marra, assumido a sua presidência e relatoria, os cargos mais importantes de uma CPI.
A CPI da Água está condenada à morte por falta dessa isenção necessária. Para ser exato, sem medo de errar, dos 38 vereadores com assento na Câmara, só existem ali, pelas minhas contas, cinco que mantém independência dos três principais atores que serão por ela investigados, no caso o Amazonino, o Serafim e o Eduardo. Ora, como pode o liderado investigar o próprio líder? É por isso que, ontem, afirmei que só quem acredita em história de curupira ou mula sem cabeça, é que pode levar a sério o resultado dessa CPI.
Não é honesto passar falsa expectativa para a sociedade. A Crítica foi o único jornal que abriu manchete e afirmou que “essa CPI vai investigar o que já foi investigado”. O que pretendem investigar agora, já o foi em 2005 pela CPI presidida pelo Paulo De Carli. Só ficou de fora o Proama, porque se trata de um projeto recente. Entre as muitas sugestões por ela apresentadas, está a que aconselhava o então prefeito Serafim Correia a romper o contrato com a Águas do Amazonas, por descumprimento de várias cláusulas contratuais, em especial a que obriga a empresa a expandir a rede de distribuição de água para os bairros das zonas Leste e Norte.
Encerro afirmado que a minha opinião exposta neste blog ontem, ou em forma de discurso, ou através de pronunciamento da tribuna da Câmara, em respeito ao povo que represento no Legislativo Municipal não mudo uma vírgula. E concluo: os demagogos são a pior desgraça deste País.
Por: Vereador Mário Frota
Líder do PSDB na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM
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