segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PT, VIA CUT, ABANDONA TRABALHADOR E PROMOVE BEBEDEIRA E CHURRASCADA


Leio em um jornal local, respaldado em informações do Ministério do Trabalho, que os salários dos executivos das empresas do Distrito Industrial da Zona Franca de Manaus são, em média, de R$ 50.000,00, podendo, em determinados casos a ultrapassar os R$ 60.000,00, sem falar que ainda têm direito à residência, carro e a um mês de férias com a família no país que escolher.

Não sou e jamais serei contra os grandes salários. O tipo de socialismo que adoto ensina que não se deve nivelar os salários por baixo, mas por cima, ou seja, o ideal é que o mais humilde trabalhador ganhe um salário digno, o suficiente para sustentar de forma decente a sua família.

Li, há tempos atrás, que em países como a Alemanha, Suécia e Bélgica, o salário de um diretor de uma empresa não ultrapassa em nove vezes a média dos salários dos trabalhadores da mesma empresa. Levando-se em conta que os salários nesses países são mais elevados do que os que são pagos por aqui, obviamente que a elevação em nove vezes aumenta em muito os salários dos dirigentes mais graduados das empresas.

O problema está na proporção, no distanciamento entre os salários que são pagos nesses países e aqui no Brasil. Aqui, na Zona Franca, conheço uma moça que trabalha numa dessas empresas do Distrito, num terceiro turno, que no final do mês recebe um salário de R$ 750,00 que, ao final, cai para míseros R$ 650,00. É com esse dinheiro que a pobre mulher sustenta a sua família.

Por que a disparidade, astronômica, entre os salários de um diretor e de funcionários que derrama o suor do rosto para que a fábrica, ao final, ganhe rios de dinheiro, recursos esses que não ficam aqui, mas vão irrigar a economia de Estados do Sul do País, ou mesmo enviados para fora? Os salários pagos pelas fábricas do Distrito são péssimos, comparados aos de outros países, a exemplo do que recebe um trabalhador na mesma fábrica no Japão. Que tal citar como exemplo a Honda? A questão, em minha opinião, reside hoje na extrema fraqueza dos sindicatos que, há muito tempo deixaram de lutar por melhorias salariais aqui e em todo o Brasil.

Só um exemplo: enquanto o 1º de Maio é um dia de reflexão para a classe trabalhadora em todo o mundo, marcado por reivindicações, em especial nos países do chamado primeiro mundo, no Brasil, em são Paulo - o Estado onde o PT nasceu - as grandes organizações sindicais, tipo a CUT, o braço sindical do PT, ao invés de aproveitar a grande data para reivindicar melhorias salariais, promovem grande bebedeira e churrascada, degradante espetáculo de pão e circo. Que diferença do PT da época que militava na oposição. O que aconteceu? Coisas assim me fazem lembrar a famosa frase atribuída a Voltaire: ”O poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente”. É isso aí.

Por: vereador Mário Frota

Líder do PSDB da CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

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