Como não consegue cumprir as promessas feitas na campanha, surge com esse papo tolo de perseguição, de complô, e outras idiotices.
Quem não leu a nota publicada ontem pelo Amazonino em todos os jornais de Manaus não perdeu nada. O prefeito dá uma de bebê chorão, colocando-se na condição de perseguido por todos: oposição na Câmara, Ministério Público e Poder Judiciário.
Num deplorável espetáculo de autocomiseração tenta parecer uma pessoa perseguida por todos, alguém incompreendido, que carrega um fardo pesado em excesso para os seus ombros. De defensor do povo, que jurou defender e por ele trabalhar nas últimas eleições, agora passou a intransigente defensor dos interesses dos proprietários de ônibus, transformando-se em mero pau mandado, um lacaio desse pessoal de fora, que a vida inteira tratou com o mais soberano desprezo os manauenses, obrigando-os, na marra, a usar ônibus caindo aos pedaços.
Quem pagou pela nota? O bolso dele é que não foi. E os dos empresários muito menos. Quem pagou por essa nota ridícula foi o povo de Manaus, o mesmo que usa esse sistema caótico de transporte coletivo, o pior e mais caro do País. Diz ele na nota que o seu governo é alvo de uma oposição ferrenha, uma verdadeira conspiração, como jamais se viu em nossa história. Acusa ainda ‘forças ocultas’ que tem por meta destruir a sua administração.
Como não consegue cumprir as promessas feitas na campanha, a exemplo de que em 120 dias resolveria os problemas do transporte coletivo, e ainda que em quatro anos construiria mil creches, agora, vendo se aproximar as eleições, no maior desespero, surge com esse papo tolo de perseguição, de complô, e outras idiotices... Por que a dramatização barata? Para justificar o injustificável, ou seja, esse aumento absurdo da tarifa do ônibus que, de R$ 2,00 reais ele fez subir para R$ 2,25 e, agora, para R$ 2,75. No caso do transporte executivo a passagem saltou, sem nenhuma explicação, de R$ 3,00 para R$ 5,50, tudo com o infame propósito de destruir os humildes proprietários dos veículos que, de forma heróica, salvaram o povo de Manaus no pior momento da crise do transporte coletivo da nossa história.
Nessa nota por muito pouco não acusou a rainha da Inglaterra, o Papa e o Dalai Lama pelo seu insucesso à frente da Prefeitura de Manaus. Esses três escaparam agora, mas, com certeza, na próxima podem aparecer como os principais culpados. Na marcha que vai a carruagem, quem duvida?
Por: vereador Mário Frota (PSDB)
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM
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