O problema do bullying é ruim e deve ser evitado a qualquer preço dentro dos colégios.
Agressões sofridas numa escola por coleguinhas, o que hoje ficou conhecido pelo nome de bullying, pode ser fator determinante, capaz de levar uma criança, em idade adulta, a agir de forma cruel, selvagem, como um verdadeiro monstro, a exemplo do que invadiu um colégio em Realengo (RJ), e matou a tiros várias crianças?
Em minha opinião tal fato só pode existir, no caso dessa criança, por questão genética, ser herdeira de um genes portador de alguma psicopatia. E digo isso porque também fui criança e, na minha época de estudante, muito mais do que hoje, havia mais violência, com práticas, a exemplo do sabacu, em que muitas mãos, de uma só vez, despencavam sobre a cabeça do menino marcado. Era um ritual que poucos escapavam.
Por outro lado, os menores ficavam sempre longe dos maiores, que acreditavam ter autoridade para não querê-los por perto, principalmente por ocasião das peladas. Como qualquer menino daquela época, peguei cascudos e empurrões, senão alguns chutes, mas, danado como eu era, ou revidava ou partia para cima de um outro do meu tope. Fazia parte da cultura da molecada, bater ou apanhar.
Depois que tive filhos, observando-os no colégio, comecei a perceber que os costumes nos colégios havia mudado. Ao contrário das eternas rusgas do meu tempo, os estudantes de hoje, talvez em razão de uma melhor aproximação pelos meios de comunicação, adquiriram hábitos mais sociáveis, enturmam com mais facilidade, são mais fraternos nos cumprimentos. Refiro-me, evidentemente, a meninada que tem algum berço e formação. É óbvio que não estou me referindo a meninos metidos em gangues de rua, os chamados galerosos, marginais juvenis que cobram pedágio nas ruas dos bairros pobres da periferia e matam para roubar cinco reais ou para ficar com o tênis da vítima.
Nem por isso, eu ou qualquer outro colega, saímos do colégio com vontade de sair matando todo mundo por aí. O problema do bullying é ruim e deve ser evitado a qualquer preço dentro dos colégios. No entanto, repito, se a criança não tiver dentro dela a semente do mal, ou seja, se não for portadora de uma herança genética relacionada a psicopatias, com certeza que nunca vai sair por aí matando todo mundo, a exemplo de fato terrível ocorrido em Realengo (RJ), em que um psicopata assassinou a tiros várias criança, ou o terrível episódio ocorrido aqui, há duas semanas, quando um rapaz, armado de um pé de cabra e faca, matou o irmão de 14 anos, a mãe, e o pai só escapou porque, depois de esfaqueado, se fez de morto.
Acredito que não basta, portanto, alguns cascudos dos mais velhos nos colégios ou apelidos maldosos, para que uma criança lá na frente, ou seja, em idade adulta um dia surta, e sai invadindo colégio para matar crianças. Para que isso ocorra, entendo, é preciso que lá dentro preexista a semente do mal, ou seja, uma herança maldita capaz de fazer detonar ódios e rancores extremos, ao ponto de fazer o monstro se libertar e começar a matar pelo simples prazer de matar. E é aí que entra em cena a figura do psicopata.
Quem pensar o contrário que procure ler um clássico sobre o assunto intitulado Mentes Perigosas, escrito pela psiquiatra paulista Ana Beatriz Barbosa Silva.
Por: vereador Mário Frota
Líder do PDT na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM
Ilustração: programatahligado.wordpress.com
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