Que vergonha a aprovação, ontem, pela maioria de lambaios do Amazonino, do tal “Zona Azul”, que é mais uma armação do prefeito para arrumar a vida de um amigo e a dele mesmo. Esse vai ser o maior caça-níquel da história de Manaus. Como eu disse da tribuna da Câmara: ‘é de dar inveja ao Al Capone, caso fosse vivo, que adorava adornar os seus cassinos com máquinas caça-níqueis’.
Será que estou exagerando, pessoal? Lembram-se da patifaria que ele engenhou no seu último governo, com objetivo de fazer o estado contratar uma empresa falida norte-americana, para transportar o gás do Urucú para Manaus? Não fosse o Eron Bezerra e a minha humilde pessoa, que viraram bicho e denunciaram a bandalheira em curso, possivelmente que a maioria silenciosa e submissa que ele dispunha na Assembléia, teria aprovada, sem pestanejar, a contratação dos norte-americanos. Aquilo foi uma vergonha.
Outra recente artimanha do prefeito foi a aprovação da Taxa do Lixo e, agora, o “Zona Azul”. Eu, falando ali da tribuna, me senti no direito de sair em defesa de centenas de flanelinhas, que estavam desesperados porque, bem antes mesmo de começar a votação, os coitados já sabiam que a decisão seria contra eles, contra os seus filhos, sua família que, a partir de agora, vão comer o pão que o diabo Amazonino amassou.
Mas, ao mesmo tempo em que eu defendia a sobrevivência de cada um ali presente, veio-me à cabeça que, bem poucos, ou talvez nenhum deles tenha votado nos seis vereadores da oposição que lutavam pelos seus direitos. Os tradicionais eleitores deles estava do lado do Amazonino, em quem, com certeza, também votaram para prefeito.
Assim aconteceu com muita gente entre os mais de seiscentos permissionários da Ponta Negra e os pobres ambulantes do centro. Grande parte desses companheiros votaram no homem que agora mostra que é valente, massacrando os seus mais humildes eleitores.
A outra solução, que não traria nenhum prejuízo aos flanelinhas, seria a volta do Selo Estar, que já está previsto na Lei Orgânica do Município (Loman), no entanto, o Amazonino deixou de lado. E por quê? Ora, porque esse tipo de solução não contempla caça-níquel, não enriquece empresa de amigo, é negócio que só beneficiaria o município e os flanelinhas que continuariam empregados, com as suas carteiras de trabalho assinadas. Para o Amazonino que se exploda a solução do Selo Estar, devidamente previsto no art. 269, da Loman.
Por: vereador Mário Frota
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM
Líder do PDT na CMM