terça-feira, 31 de agosto de 2010

CAMELÓDROMO DO PORTO: AMAZONINO APLICA O CONTO DO VIGÁRIO NOS CAMELÔS



COMPANHEIRO CAMELÔ, CUIDADO! NÃO SE DEIXE ENGANAR. O AMAZONINO ESTÁ MENTINDO PARA VOCÊS. ATÉ O SINDICATO DA CLASSE CAIU COMO UM PATINHO NO CONTO DO VIGÁRIO. Dá pena ver os camelôs do centro de Manaus enganados pelo Amazonino. O que está em curso é uma perversidade própria da mente doentia do prefeito Negão. O que existe é uma grande mentira que terminou por envolver o próprio sindicato da classe, que caiu como um patinho. O que há mesmo é alguns espertalhões querendo ganhar dinheiro em cima dos camelôs. Só para exemplificar. Os vendedores ambulantes vão ter que pagar R$ 400,00 por um espaço entre três a quatro metros quadrados que, somados às taxas de água, luz, internet, conservação e segurança, pode dobrar, ou seja, chegar a R$ 800,00.

Só Deus pode nos dizer se essas pessoas vão ganhar o suficiente para pagar tais despesas. Por outro lado, R$ 800,00 deve ser o lucro desse pessoal, dinheiro com o qual sustentam as suas famílias. Tudo bem. Se for verdade que o prefeito quer ajudar os camelôs, porque não os isenta do valor acima descrito por um ano, que é o prazo necessário para que eles possa se estabilizar na nova área de trabalho, ou seja, no Camelódromo?

Aqui, vai uma pergunta: e se não der certo a experiência de transferir os camelôs para os armazéns do Porto? Ora, como tudo é uma questão de hábito, vamos dizer que as pessoas, que hoje compram dos camelôs, resolvam não entrar logo no tal Camelódromo? Se isso acontecer, como os camelôs vão conseguir pagar as suas dívidas com os fornecedores, com o aluguel e demais despesas cobradas pela direção do Camelódromo? Resposta: a situação dos camelôs vai ficar desesperadora, mergulhados em dívidas, a um passo da falência.

Por que o Amazonino não toca logo a obra do quadrilátero da Booth Line, o lugar ideal para receber os camelôs do centro? Em entrevista ele diz que a obra não vai sair tão cedo porque o município não dispõe de R$ 11.000.000,00 para pagar as desapropriações. Pura balela, pois, como prefeito ele pode desapropriar qualquer área para interesse social. Ele desapropriou no passado, inclusive terras da minha família, na área do Novo Israel, que por perseguição política a minha pessoa, mandou a irmã Helena e o Bambolê invadir. Em seguida desapropriou-as sem pagar um centavo, usando o argumento do interesse social.

O que é o destino. Na eleição do Serafim, que eu era o seu vice, em visita a área do centro, nas imediações da Matriz, fomos hostilizados pelos camelôs, com direito a agressão física, a exemplo da pedrada que feriu a cabeça do médico Marcos Barros que nos acompanhava. A razão de tanto ódio é que o Amazonino usou de tática terrorista e mandou espalhar no meio dos camelôs que, eleito, o Serafim iria fazer o mesmo que o Arthur fez no passado, ou seja, que iria mandar a guarda municipal e a polícia retirar, na porrada, todo mundo do centro.

O Serafim não tirou ninguém porque não encontrou um processo seguro para a retirada sem ferir os interesses dos camelôs. Seis anos depois quem faz a retirada é o próprio Amazonino. É verdade que ele não está usando a polícia, mas outros processos, não menos fatais, para os camelôs, porque, como a coisa está prevista, só mesmo Deus poderá salvá-los. O tal de camelódromo vai ser administrado por uma empresa privada, o que quer dizer que, no momento em que qualquer camelô atrasar com o aluguel e as demais obrigações, os dirigentes da empresa vão colocá-lo para fora, e o Box que o pobre coitado ocupava alugam para outro.

O que está em jogo mesmo é um grande negócio do Amazonino com a turma do Porto, pessoal com quem ele tem relações há muitos anos. Até as pedras de Manaus sabem do que estou dizendo. O tempo vai mostrar que a razão está do meu lado. O que vai acontecer com os camelôs não vai ser muito diferente do que está previsto acontecer com os permissionários da Ponta Negra, que jamais voltarão para os seus lugares de trabalho, alguns com mais de 20 anos. E por quê? Resposta simples: porque quando daqui a dois anos as obras estiverem concluídas, os chamados para ocupar bares e restaurantes e barracas, serão os cabos eleitorais e amigos do peito do prefeito Negão. Quem viver, verá.

Por: vereador Mário Frota

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM

Líder do PDT na CMM

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