quinta-feira, 22 de julho de 2010

ESTATIZAÇÃO DO TRANSPORTE É CRITICADA POR MÁRIO FROTA


SOU CONTRA A ESTATIZAÇÃO DO TRANSPORTE COLETIVO E A FAVOR DA UNIÃO DAS EMPRESAS REGIONAIS. EU DEFENDO RADICALMENTE A EXPULSÃO DESSAS EMPRESAS DE FORA DO NOSSO ESTADO QUE NÃO TÊM COMPROMISSO COM A REGIÃO E EXPLORAM O POVO. Ao invés do Amazonino ficar com essa idéia tresloucada, historicamente ultrapassada, de criar uma estatal para o transporte coletivo de Manaus, deve, sim, é pensar que existem outras fórmulas melhores e mais sensatas em condições de colocar um basta ao sofrimento que essas empresas de fora, sem nenhum compromisso com a região, de forma criminosa exploram e espoliam o nosso povo que utiliza esse tipo de transporte.

Por que, por exemplo, não pensar na possibilidade de fortalecer as empresas locais que se organizaram em cooperativas? Hoje é sabido por que é mais do que evidente que essas empresas dão conta do recado. Infelizmente estão limitadas ao uso de pequenos ônibus, vivem sob forte perseguição por parte do IMTT, por pressão das empresas concessionárias e recebem, para trabalhar, linhas secundárias que são desprezadas pelas empresas tradicionais.

Apesar de tudo isso elas dão conta do recado e, sem elas, o transporte coletivo estaria hoje pior mil vezes do que se encontra. No fundo elas vêm servindo de bóias salva-vidas de um sistema falido, que usa ônibus velhos, caindo aos pedaços, que as empresas de fora que prestam serviços aqui, trazem de outros estados desamassados e pintados como se fossem novos.

Como o olho do dono é que engorda o cavalo, os ônibus das cooperativas são novos, bem cuidados, limpos, motivo de orgulho para todos nós. E por quê? Por uma razão muito simples: o veículo é dirigido pelo próprio dono ou por motorista que ele conhece e pode confiar. Tal fato não pode acontecer com as grandes empresas que terminam perdendo o controle do negócio e, daí, é o caos.

Incentivar, portanto, empresas locais a se organizar para o atendimento ao transporte coletivo é, a meu ver, a melhor solução para se acabar com a crise do transporte coletivo de Manaus do que partir para essa história maluca ultrapassa, de estatização. Pessoalmente, gosto de empresas pequenas e, quase sempre, vivo citando dois exemplos de pequenas empresas que se tornaram famosas pela eficiência. Refiro-me a Ostur, no passado e, agora, mais recentemente, a TCA, empresas que antes do surgimento dessa encarnação que foi a Transmanaus, tinha os seus serviços aplaudidos pelas comunidades por onde transitavam os seus ônibus.

Tome juízo, prefeito! O senhor está lembrando o que alegou, quando propôs a venda do BEA e da COSAMA? Entre outras, afirmou que 'empresas estatais são deficitárias porque o estado é um péssimo gestor ' e que somas elevadas terminam descendo pelo ralo da ineficiência e corrupção. O senhor até pode estar esquecido da argumentação que usou para vender o BEA e a COSAMA, mas o povo, não. Cuidado, há muita gente aí, principalmente os funcionários do ex-BEA, que não o perdoam pela entrega, numa bandeja, do Banco do Estado do Amazonas, ao Bradesco. Assim, também, como muita gente, entre os quais eu, ainda quer saber onde foram parar os 180 milhões de reais da venda da COSAMA.

Por: vereador Mário Frota

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM

Líder do PDT na CMM

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