sexta-feira, 9 de julho de 2010

COPA DO MUNDO: QUEM GANHA É A FIFA E PATROCINADORES


SÓ QUEM GANHA COM OS JOGOS DA COPA É A FIFA E OS SEUS PATROCINADORES. TODOS OS PAÍSES QUE PATROCINARAM JOGOS DA COPA E DAS OLIMPÍADAS SAÍRAM COM PREJUÍZOS. A revista Isto é Dinheiro traz matéria esclarecedora sobre a Copa na África do Sul. É importante que os nossos governantes leiam essa reportagem e coloquem as barbas de molho - expressão muito usada pelos nossos pais e avós.
A matéria publicada vem ao encontro de estudos feitos por um professor da Universidade de Oxford (situada na cidade de Oxford, na Inglaterra), que demonstram que nenhum país que patrocinou jogos da Copa conseguiu auferir lucros, pelo contrário, todos tomaram prejuízos, e muito.
É evidente que o país que patrocina os jogos da Copa ganha visibilidade internacional, mas é só. Quem sai ganhando é a FIFA e os seus patrocinadores. As populações pobres, incluindo aí os trabalhadores informais (vendedores de rua, os camelôs de lá) e os pequenos empresários ficaram impedidos de vender qualquer material alusivo à Copa num espaço de mais de um quilômetro dos estádios onde ocorreram os jogos.
Pessoas que compraram esse tipo de mercadoria não puderam vender seus produtos. Todos tomaram grandes prejuízos. Uma comerciante que desejava armar uma simples barraca em frente à sua livraria, para assistir os jogos com os seus clientes, na frente de um telão, recebeu intimação dos patrocinadores da FIFA para pagar 12 mil dólares, ou seja, mais de 20 mil reais. Um absurdo.
Até as empresas aéreas teriam que pagar à FIFA, caso anunciassem que os vôos eram feitos para as cidades que patrocinavam os jogos. Um espetáculo de exploração e de desrespeito, principalmente às populações de um país em que mais de 10 por cento do seu povo vive do trabalho informal.
Repito: as barbas de molho. Em verdade, os lucros dos jogos são para o bolso da FIFA e dos seus patrocinadores. E o que fica mesmo para o povo do país que sedia os jogos? Que tipo de investimento faz a FIFA nesses países? Resposta: nenhum. Ela não faz nenhum investimento, mas exige do país sede gastos astronômicos em construção de estádios monumentais e na infra-estrutura. E o pior, os governantes, a exemplo daqui, caem como uns patinhos e derrubam um estádio (o Vivaldão), que em pé vale 400 milhões, para construir outro que, com os aditivos, vai nos custar mais de 600 milhões, perfazendo um total de 1 bilhão de reais.
O problema é que a FIFA faz um monte de exigências, os países sedes mergulham em dívidas e, ao final, só quem lucra é ela e os seus patrocinadores. Grande negócio. Pessoal, de olho na FIFA e não esqueçam de que aqui só vamos ter dois jogos, quem sabe, três. O Brasil vai jogar aqui? Sei não, seu menino. Como anfitrião, o Brasil escolhe onde quer jogar. O mais lógico é que escolha estádios do sul maravilha. Alguém duvida? O mais certo é que aqui ficaremos limitados a jogos de times sem tanta importância. Quem viver, verá.
Por: vereador Mário Frota
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM
Líder do PDT na CMM

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