segunda-feira, 28 de junho de 2010

PESQUISA DO IBOPE NÃO TEM CREDIBILIDADE


E quanto à pesquisa do Ibope? Dá para acreditar? Bem, pode ser que o Ibope seja hoje melhor do que no passado. Vejamos. Na pesquisa de 1988, na véspera da eleição o Ibope dava uma vantagem para o Mestrinho sobre o Arthur de 30%. Abertas as urnas o Arthur deu uma surra no candidato do Ibope, goleando Gilberto de forma espetacular.

Na campanha em que concorri como vice do Serafim, o Ibope, na véspera do pleito, dava Amazonino indiscutivelmente eleito. A vantagem apresentada pelo Ibope era tão grande que até mesmo a Justiça Eleitoral ficou desconfiada. Resultado: a Action, do Afrânio Soares, contratada pelo jornal A Crítica, acertou na mosca e desmoralizou um bocado de gente.

E agora, dá para acreditar no Ibope? Sei não, seu menino. Já vi tantas do Ibope que, quando se trata desse instituto de pesquisa, eu fico com um pé atrás, aliás, dois.

Por tudo que tenho observado nesses quase 30 anos de mandato político que carrego nas costas, esse tipo de pesquisa aloprada tem dois objetivos. Primeiro, deixar o concorrente desacreditado perante os empresários que financiam os candidatos. Ora, quem é maluco para financiar candidato que está ruim nas pesquisas? Segundo para desqualificar o concorrente perante um amontoado de cidadãos de meia tigela que, a cada eleição, abrem a boca e vomitam: ‘eu vou votar no fulano porque é o que vai ganhar’.

É engraçado. Quando a eleição se aproxima o resultado vai mudando, fica mais realista. Possivelmente por medo da desmoralização. Os exemplos não são poucos.
Por: Vereador Mário Frota
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM
Líder do PDT na CMM

quarta-feira, 23 de junho de 2010

GÁS DO URUCU É MAIS CARO QUE O GÁS DA BOLÍVIA


ISSO É UMA VERGONHA! CAÍMOS TODOS NO CONTO DO VIGÁRIO. É uma vergonha essa história de que o gás do Urucu, que vai abastecer Manaus, vai custar muito mais caro do que o gás da Bolívia, que percorre 2.378 quilômetros até chegar a São Paulo. Vejam como caímos no conto do vigário. Coari está a apenas 624 quilômetros de Manaus, mas, mesmo assim, o metro cúbico do gás vai ficar 65,2% mais caro do que o gás boliviano que abastece São Paulo. O que se não pode entender é que o Brasil paga pelo gás importado da Bolívia, enquanto o do Urucu é de graça, pois que é extraído do nosso subsolo.

A tal tarifa, estimada em R$1,80 pelo metro cúbico do gás foi anunciado pela Cigás, a empresa que ganhou de mão beijada, ou melhor, das mãos puras e incorruptíveis do então governador Amazonino , para distribuir e comercializar o gás no Estado.

Por anos os manauaras esperaram por esse bendito gás na esperança de se livrar do preço exorbitante dos derivados de petróleo, especialmente pelo que é cobrado pela gasolina, assim como ter uma energia elétrica mais barata na sua residência ou empresa. Tantos sonhos desmanchados em decepção. Para que então mudar a matriz energética do estado se o gás que aqui vai chegar, em nada vai nos libertar do preço da gasolina ou do diesel? É triste ver uma coisa dessas. É profundamente frustrante, verdadeira agressão ao bolso do povo que tanto esperou por esse momento, ou melhor, o de poder abastecer o seu carro com gás barato como o fazem os moradores do resto do país.

Quem está aguardando, que com a mudança do diesel pelo gás do Urucu a energia elétrica vai ficar mais barata, pode ir tirando o cavalinho da chuva. Coisa nenhuma, vai continuar no mesmo ou até pior, conforme justifica o presidente da AFICAM, Cristovam Marques Pinto. Não consigo entender. Apesar de não ser nenhum gênio, mas apenas uma pessoa medianamente inteligente, mesmo assim custo a entender esse tipo de pilantragem com o apoio dos governantes. TRATA-SE DE VERGONHOSO ESTELIONATO POLÍTICO. O QUE OS DONOS DESSA EMPRESA E O GOVERNO AFIRMAVAM, É QUE O GÁS DO URUCU IRIA PROPORCIONAR UMA ENERGIA ELÉTRICA MAIS BARATA E QUE OS CARROS SERIAM ABASTECIDOS POR UM COMBUSTÍVEL INCOMPARAVELMENTE MAIS BARATO DO QUE O QUE PAGAMOS PELA GASOLINA E O DIESEL.

Tudo bem. Ainda dá para entender que essa empresa da Bahia, que misteriosamente ganhou o controle da Cigás, queira explorar o nosso povo. Mas o que não consigo entender é o silêncio da nossa bancada federal e dos nossos deputados estaduais que, até a presente data ainda não tomaram nenhuma atitude para impedir tal abuso. Parece que todo mundo comeu abiu e a boca ficou pregada. De olho neles, eleitores do Amazonas. Parlamentar é para falar, criticar e denunciar os que roubam ou pretendem roubar o povo e não para ficar calado.

A paz dos cemitérios não cai bem em nenhum parlamento, seja eles Câmara Municipal, Assembleia, Câmara ou Senado. Parlamento vem do italiano ‘parlar’, ou seja, lugar de falar. O que percebo nos nossos parlamentos é que, com honrosas exceções, a grande maioria não se preocupa com o povo, mas somente em agradar e bajular os governantes de plantão. Infelizmente é a verdade.

Discurso proferido pelo vereador Mário Frota, da Tribuna da Câmara Municipal de Manaus, em 21 de junho de 2010

MÁRIO FROTA COBRA COERÊNCIA E SERIEDADE DE TODOS OS VEREADORES DA CÂMARA


O vereador Mário Frota, líder do PDT na Câmara Municipal de Manaus, durante o pequeno expediente desta terça-feira, entregou ao presidente da Casa, Luiz Alberto Carijó, um relatório sobre a visita que fez na semana passada à Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza (CE), segundo ele uma referência para todo o Nordeste brasileiro. Frota disse que enquanto os hospitais Santa Casa de Misericórdia de outras capitais funcionam como centros de referencia, o de Manaus está abandonada há seis anos.
Prosseguindo na tribuna, Mário Frota argüiu sua experiência parlamentar ao longo de muitos anos para chamar a atenção dos seus colegas vereadores para o desgaste de levar a campanha eleitoral para dentro da Câmara Municipal. "Temos que tratar aqui dos interesses do povo, como educação, saneamento e transporte coletivo e não trazer polêmicas partidárias para o plenário", orientou.
Baseado na experiência que tem como parlamentar, Frota aconselhou que os vereadores deixassem que essa disputa eleitoral fosse travada nos palanques eletrônicos (rádio e TV) e nas ruas, para não transformar a casa legislativa, que é um local austero, em palco de debates que não espelham o real interesse da população. "Isso é muito ruim para a imagem desta Casa", concluiu.

Fonte: João Dantas
Fotografia: Plutarco Botelho

segunda-feira, 21 de junho de 2010

PRESIDENTE DA CÂMARA SERÁ QUEM O AMAZONINO INDICAR



SEM VOTO SECRETO NÃO TEM ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE DA CMM, MAS ACLAMAÇÃO, POIS A MAIORIA ENCABRESTADA DO PREFEITO VOTA EM QUEM ELE MANDAR, EM QUALQUER UM. Assino qualquer projeto de lei para acabar com o voto aberto para presidente e demais integrantes da Mesa da Câmara Municipal de Manaus (CMM). Assino todo projeto que me aparecer pela frente para que o voto seja aberto por ocasião da aprovação de projetos de lei, emenda à Lei Orgânica do Município (Loman) e projetos de resolução, de forma que o povo tenha o direito de saber como o vereador está votando.

E por que luto para que o voto para a presidência da Mesa seja secreto? Resposta. Para evitar pressões externas sobre a votação, principalmente por parte do prefeito e de outras autoridades que podem influenciar e mudar o resultado da eleição. A única forma de se ter eleição decente na CMM é pela via do voto secreto. De outra feita o resultado vai expressar a vontade do prefeito, a exemplo de outras votações. Não é porque o Amazonino é meu adversário histórico. Não. Seja quem for o prefeito de plantão ele elege quem quiser para a Presidência da CMM, caso o voto continue aberto como é hoje.

Sobre o Amazonino tenho uma história para contar que ilustra como, até mesmo quando o voto é secreto, assim mesmo ele manipula a eleição a favor do seu candidato. No meu primeiro mandato de deputado estadual fui testemunha do fato que passo a narrar.

No dia da posse fui convidado, como o mais velho parlamentar na reunião, para presidir a eleição da Mesa da Assembleia. Assumi a presidência dos trabalhos e convidei o deputado Miquéias Fernandes para secretariar a reunião.

Miquéias sentou-se ao meu lado e percebi que estava intranquilo, preocupado. Dois deputados disputavam a presidência da casa: o Lupércio Ramos e o Manoel do Carmo chaves, o Maneca. A reunião começou às 10 horas, mas, uma hora antes, o Amazonino, que era o governador do Estado, chegou à Assembléia e se trancou na sala da presidência com os deputados da base do seu governo. Razão da sua inesperada visita: eleger o Lupércio, presidente da Assembleia.

Havia no ar certo mal estar. A presença do Amazonino representava uma interferência de um poder sobre o outro, ato que deixava a Assembléia desmoralizada, humilhada. Terminada a votação percebi que o Miquéias, ato contínuo ao encerramento da votação, pegou as cédulas, rasgou-as e jogou-as numa lata de lixo, afirmando que, em seguida, seriam incineradas. Cheguei-me mais a ele e perguntei se estava tudo bem e ele respondeu-me que depois da reunião iria me contar tudo. E de fato contou. Relatou-me com pormenores, a reunião com o Amazonino no gabinete da Presidência. A história era a seguinte: o Amazonino havia criado um código para saber em quem os deputados iriam votar. Por exemplo, um X bem na ponta da cédula se saberia que o voto havia sido do deputado Belão, um simples traço, o voto seria do deputado Adjunto Afonso, e por aí em diante.

O problema é que alguns deputados da base estavam compromissados com o Maneca, que também era deputado da base de apoio ao Amazpnino, mas, num lance de rebeldia, com o apoio da oposição, havia lançado o seu nome para concorrer à Presidência da Mesa. O certo é que mediante a pressão do Amazonino, o Lupércio venceu. Ora, como o Miquéias havia rasgado as cédulas, era impossível saber o nome dos “traidores”.

Final da história: o Amazonino soube da manobra do Miquéias e o pau comeu. Cheio de ódio e rancor o soba do Palácio do Tarumã jurou vingança e dizia para todo mundo que havia sido traído pelo Miquéias.

Moral da história: se com o voto secreto o Amazonino pressiona a favor do seu candidato, agora imagina se o voto é aberto. Aí é a fome e a vontade de comer. Só por milagre, caso a regra não seja mudada, o Amazonino deixará de fazer o futuro presidente da Câmara. Desejar independência dos vereadores que ele manipula na Câmara é querer milagre, é desejar o impossível.

Daí não há eleição, mas aclamação, ou seja, com exceção dos sete integrantes da oposição, a maioria vai votar, de cabeça baixa, na base do cabresto, no candidato em quem Amazonino mandar votar, seja ele quem for.

Por: Vereador Mário frota

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM

Líder do PDT na CMM

TRANSPORTE COLETIVO: MANAUS SÓ TEM ÔNIBUS VELHOS


O AMAZONINO E OS DONOS DE ÔNIBUS SE UNIRAM PARA FERRAR OS USUÁRIOS DO TRANSPORTE COLETIVO. Dessa vez a canalhice mostrou a cara, por inteiro, pois, agora, o Prefeito Negão aumentou a passagem de ônibus sem avisar aos passageiros, ou seja, os eleitores que o colocaram na Prefeitura, a quem ele trata como o mais soberano desprezo. Ele e os seus patrões, os donos de ônibus, comemoravam tomando aquele uísque envelhecido para ser entornado em grandes ocasiões, enquanto os pobres coitados, os babacas que nele votaram, estavam sendo empurrados para fora dos ônibus porque só tinham no bolso R$ 2,10 e não os R$ 2,25 dados na calada da noite.

Qual a razão para o inesperado aumento que pegou os usuários de ônibus com calça na mão? Pessoalmente não vejo nenhuma razão. Primeiro não houve renovação dos ônibus, todos estão carcomidos de ferrugem, caindo aos pedaços. A prova é que temos em Manaus a frota de ônibus mais velha do país. Segundo, em Belém, o preço da passagem custa R$ 1,80, em São Luiz, R$ 1,70, e em Fortaleza, uma cidade bem maior do que a nossa Manaus, o valor é R$ 1,80. Em que se justifica tal aumento?

Acontece que em Manaus, ao contrário das demais cidades citadas, aqui o ISS foi reduzido de 5% para 3%, a IMTT isentou as empresas de ônibus de várias taxas, sem falar que os donos de ônibus não pagam o ICMS sobre o diesel, um presente do então governador Eduardo Braga, mediante compromisso dos proprietários de ônibus de não aumentar as passagens.

Na maior cara de pau os donos de ônibus, com o apoio do Negão, o “prefeito do povo”, exigem aumento sem melhorar a qualidade dos serviços que prestam à sociedade a título de concessão de serviço público. Os ônibus são um amontoado de ferro-velho. Todos os dias, até as 10 horas da manhã, entre 20 a 30 ônibus podem ser encontrados no prego (quebrados) nas ruas da cidade. Uma vergonha, dizem uns; um vexame, falam outros que sabem do conluio entre o prefeito e os donos de ônibus.

Por: vereador Mário Frota

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM

Líder do PDT na CMM