Em São Paulo: Quando
Dilma chegou, por volta das 11h, foi vaiada por todos os pontos por onde
passou, com sonoros gritos de “Fora, fora, fora”! “PT ladrão!” e “Eu não
voto no PT“. Foto O
Globo*
Por:
Vereador Mário Frota*
O
julgamento não é jurídico, mas de natureza política. O melhor exemplo disso
reside no fato de que Fernando Collor caiu por causa de um carro Elba, à época
um modelo popular lançado no mercado pela Fiat... enquanto o esquema orquestrado pelo PT, soma negócios
bilionários, dinheiro roubado dos cofres da Petrobras... aguardem as
investigações do BNDS, entidade financeira alimentada com o suor do rosto dos
milhões de brasileiros que pagam impostos.
A nota publicada pela direção do PT,
acusando os autores do panelaço que explodiu na hora da fala da presidente
Dilma, levada ao ar no dia internacional da mulher, tacha os manifestantes de golpista
da classe média e da burguesia alta. Tal acusação cai por terra quando, em
menos de 72 horas, pessoas humildes que trabalharam na construção do salão da
feira internacional da construção civil, em São Paulo, na última terça-feira, a
vaiaram por cinco minutos consecutivos.
E agora, o que vão poder dizer os senhores
ptralhas? Por que, de repente, todos ficaram mudos como uma porta? O gato comeu
a língua deles? Será que esses imbecis
vão dizer agora que os trabalhadores que deram a retumbante vaia na presidente
deles foram pagos pela burguesia golpista? Entalados com esse novo episódio e sem
mais argumentos de que por trás dos movimentos populares que exigem o
impeachment de Dilma está a classe média alta, os distintos cavalheiros bateram
em retirada e procuraram um buraco bem fundo para se esconder e de lá ainda não saíram sequer para respirar.
Lula e os seus comparsas estão
profundamente surpresos com o que aconteceu. Finalmente, perceberam o tamanho
do abismo que os separa do povo brasileiro. Depois dessa monumental vaia
passaram a entender que Dilma está a um passo de enfrentar um processo de impeachment,
instrumento constitucional que dá poderes ao Congresso Nacional de afastar o
primeiro mandatário do País quando este cai na desconfiança popular. O
julgamento não é jurídico, mas de natureza política. O melhor exemplo disso
reside no fato de que Fernando Collor caiu por causa de um carro Elba, à época
um modelo popular lançado no mercado pela Fiat.
Aliás, avaliarmos o que ocorre hoje com o
episódio que derrubou Fernando Collor de Mello é como tentar comparar um pingo
d’água ao volume do oceano Atlântico. Collor foi acusado de ter um laranja, o
PC Farias, à frente de negociatas com dinheiro público, enquanto o esquema orquestrado pelo PT, nesses 12 anos no poder, soma a mais de uma centena, todos eles envolvidos em negócios
bilionários, dinheiro roubado dos cofres da Petrobras com o torpe
propósito de irrigar os cofres petistas
e dos partidos aliados.
Agora, amigos e amigas, vocês que pensam
que já viram tudo sobre corrupção da administração de Lula e Dilma, aguardem
para ver as investigações que vão ocorrer com o objetivo de abrir a caixa preta
do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDS), entidade financeira
alimentada com o suor do rosto dos milhões de brasileiros que pagam impostos. O
que dizem os entendidos no assunto, é que o rombo da Petrobras é fichinha se comparado
aos bilhões sob a responsabilidade desse banco que Lula e Dilma colocaram à
disposição de republiquetas, muitas delas ditaduras espalhadas pelo mundo, sem
a mínima possibilidade de qualquer retorno. São mais de dois mil empréstimos
que, somados, resolveriam todos os nossos problemas de infraestrutura portuária
do País e das nossas rodovias, na maioria esburacadas e cobertas de lama, ou
seja, as vias por onde é transportado o agronegócio, em
especial carne e soja, os produtos com maior peso nas exportações do País.
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.
Foto O
Globo* - http://www.jogodopoder.com/blog/politica/dilma-e-vaiada-por-trabalhadores-na-zona-leste-de-sao-paulo/
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