terça-feira, 31 de março de 2015

TRÂNSITO: RODÍZIO DE PLACAS DEVE SER DISCUTIDO DEMOCRATICAMENTE PELA SOCIEDADE




Mário Frota: Os últimos prefeitos de Manaus não fizeram o dever de casa no quesito mobilidade urbana.
Repito, aqui, o que falei ontem da tribuna da Câmara: 

‘NÃO SOU O DONO DA VERDADE. O QUE FIZ FOI LANÇAR UMA IDEIA QUE A SOCIEDADE COMO UM TODO DEVE DISCUTIR DEMOCRATICAMENTE E SOBERANAMENTE E, AO FINAL, DECIDIR SE A ACEITA OU NÃO, SE É BOA OU RUIM PARA ELA’. 

Esse é o meu desejo.
Por: Vereador Mário Frota*
A indicação que enviei ao prefeito sugerindo o rodízio de placas em Manaus deu o que falar. Além de merecer uma página inteira do jornal A Crítica, povoou as páginas das redes sociais, com muita gente apoiando e outras refutando.
Acertei no alvo ao colocar em discussão uma ideia que tem como meta melhorar o trânsito infernal que enfrentamos no nosso dia a dia. Disse ontem, da tribuna da Câmara, que não sou o dono da verdade e, por isso mesmo, é meu dever ouvir com humildade todos os manauaras que desejam opinar sobre como melhorar o trânsito de Manaus, hoje entre os mais caóticos do País.
Muitos não entenderam a sugestão por mim apresentada, acreditando que o meu projeto de rodízio é para toda a Manaus. Nada disso. O que sugeri é que fosse implantado, a título de experiência, apenas em cinco avenidas da cidade, a exemplo da Constantino Nery, Djalma Batista, Mário Ypiranga Monteiro (ex Recife) e Umberto Calderaro (ex Paraiba). São Paulo implantou o rodízio de placas inicialmente em toda a área da capital e, só depois, recuou para as áreas mais sujeitas a gargalos.
Os grandes engarrafamentos na nossa Manaus ocorrem exatamente nessas vias por mim apontadas. Primeiro devemos experimentar, com cuidados e cautelas, nada em definitivo, para ver se o rodízio dá certo. Não custa tentar. Ficar como está é o que ninguém deseja. A verdade é que a situação está ficando insuportável, profundamente incômoda, para todo mundo, principalmente para o prefeito, diariamente responsabilizado por muita gente que acredita piamente que basta o Arthur querer e, não mais que de repente, Manaus vira o “paraíso” - para dirigir - que conhecemos há 20 anos.
Disse da tribuna dia desses que o culpado pelo drama que se vive hoje na área da mobilidade urbana não é o Arthur Virgílio, haja vista que recebeu Manaus entupida de carros e as mesmas vias há 30 anos, salvo a avenida das Torres que, ao contrário das ora citadas que ligam o centro aos bairros, o seu percurso é de um bairro a outro. A verdade é uma só: os últimos prefeitos de Manaus, pela ordem de antiguidade, Eduardo Braga, Alfredo Nascimento, Serafim Correia e Amazonino não fizeram o dever de casa no quesito mobilidade urbana. O resultado explodiu como uma bomba de alguns megatons no colo do Arthur, representada por mais de cinco mil novos veículos que são emplacados todos os meses para rodar nas ruas da cidade, sendo essas as mesmas ruas da Manaus de três décadas atrás.
Repito, aqui, o que falei ontem da tribuna da Câmara: NÃO SOU O DONO DA VERDADE. O QUE FIZ FOI LANÇAR UMA IDEIA QUE A SOCIEDADE COMO UM TODO DEVE DISCUTIR DEMOCRATICAMENTE E SOBERANAMENTE E, AO FINAL, DECIDIR SE A ACEITA OU NÃO, SE É BOA OU RUIM PARA ELA. Esse é o meu desejo.

*Advogado;
*Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.



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