Amazonino acusa Omar e Eduardo pelo caos administrativo
que atinge o Amazonas
Por:
Vereador Mário Frota*
Sobre
o Senado, afirmou que somente dois senadores defenderam o Amazonas: Álvaro Maia
e Jefferson Peres. Esqueceu de Gilberto Mestrinho, Fábio Lucena, Leopoldo Péres, Bernardo Cabral
e Arthur Neto. Agora, que o Boto está morto e enterrado, nem mesmo o cita,
preferindo lançá-lo no precipício do esquecimento. É como naquela velha
história: rei morto, rei posto.
Hoje, ao ler o jornal A Crítica, na coluna
Sim e Não, tomei-me de espanto com as declarações do ex-governador Amazonino
Mendes, desancando o pau nos ex governadores Eduardo Braga e Omar Aziz,
responsabilizando-os pelo caos administrativo que atinge o Estado, com enfoque
maior na saúde e na educação. E tome cacete nos costados dos filhotes e protegidos
de ontem.
Sobre o Senado, afirmou com todas as letas
do alfabeto que, nesses últimos 50 anos, somente dois senadores defenderam o
Amazonas: Álvaro Maia e Jefferson Peres. Inexplicavelmente, esqueceu de citar
nomes como o Arthur Neto, Fábio Lucena, o
Leopoldo Peres, Bernardo Cabral e o Gilberto Mestrinho, este último o seu inventor político nos
idos dos anos 80. No afã de crescer politicamente, já que nesse tempo era um
zero a esquerda, adulava e bajulava o Boto, afirmando, de público, que
Mestrinho, o seu papai político, era o melhor governador do Brasil.
Agora, que o Boto está morto e enterrado,
nem mesmo o cita, preferindo lançá-lo no precipício do esquecimento. É como
naquela velha história: rei morto, rei posto.
O Arthur Virgílio Neto, embora reconhecido
nacionalmente como um dos melhores senadores desses últimos 30 anos da
República, não mereceu qualquer citação. Alguém pode entender o silêncio de
Amazonino em relação ao Arthur? Das duas uma: ou não o citou por inveja ao competente
trabalho que ora faz pela nossa Manaus, ou simplesmente está acometido por
amnésia, provocada pela esclerose que chega e começa a fazer estragos na cabeça
do Negão.
Agora vejamos se o Amazonino tem algum tipo
de moral para afirmar quem foi bom ou ruim senador pelo Amazonas. Eleito
senador pelo Amazonas, em 1990, um ano e meio depois renunciou para enfrentar
uma eleição para prefeito de Manaus. No seu lugar, na condição de primeiro
suplente, assumiu um paulista aventureiro, um tal Gilberto Miranda Batista que, das mãos do Amazonino, recebeu,
de presente, um mandato de senador de seis
anos e meio.
O mérito desse Gilberto Miranda Batista - se isso
pode ser considerado como tal - é que se tratava de um sujeito endinheirado,
uma espécie de trem pagador da campanha de Amazonino.
Aqui era um desconhecido em termos absoluto das massas. O que se comentava à época, é que foi
escolhido para a primeira suplência do
Negão porque irrigou a planta com dois milhões de dólares, dinheiro
na mão. Resultado: Amazonino ganha a eleição para prefeito e ele, Gilberto
Miranda Batista, assumiu o Senado da República, de onde uma eternidade depois
saiu sem apresentar um único projeto de lei em defesa do Amazonas, ou
pronunciar qualquer discurso.
Pois é, foi esse tremendo cara de pau que, ontem,
se encheu de moral para, num pronunciamento na Associação dos Médicos do
Amazonas, falar mal dos dois ex-governadores, ambos suas crias políticas, e malhar os senadores que, segundo ele, nos últimos 50 anos,
com exceção de Jefferson Peres e Álvaro Maia, nada
fizeram de relevante pelo nosso Estado.
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.
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