Texto:
Vereador Mário Frota*
Fiz
a entrega do dinheiro e senti-me profundamente gratificado. Não fiz isso por
demagogia como muitos podem pensar até porque, no passado, já fiz coisa igual.
Palavra dada, palavra cumprida. Conforme
prometi, deduzindo o imposto de renda, entreguei em partes iguais o dinheiro
que recebi da Câmara Municipal de Manaus, a título de auxílio paletó, a três
entidades filantrópicas: Casa Mamãe Margarida, entidade que trata de crianças
oriundas de famílias destruídas; Hospital do Câncer da Criança, que trata de
crianças atingidas por essa terrível doença; e a Fazenda Esperança, a primeira
instituição surgida em nosso Estado com propósito de salvar jovens vítima das
drogas, esse cancro maldito destruidor de milhões de famílias mundo afora.
Fiz a entrega do dinheiro e senti-me
profundamente gratificado. Não fiz isso por demagogia como muitos podem pensar
até porque, no passado, já fiz coisa igual. Quando o Arthur foi eleito prefeito
em l988, também fui eleito vereador. Logo que assumiu a Prefeitura, convocou
extraordinariamente a Câmara Municipal com objetivo de aprovar uma mini reforma
administrativa.
Tudo bem, naquela época a Lei mandava pagar
todas as reuniões extraordinárias convocados pelo chefe do Poder Executivo. Um único dia de trabalho dava direito aos
vereadores de receber o salário de um
mês. Confesso que me senti incomodado com aquilo e, na frente da imprensa, entreguei a quatro instituições de caridade o
dinheiro que havia caído na minha conta.
Lembro-me que os colegas vereadores não
gostaram e me tacharam de exibicionista e demagogo. É possível que alguns dos
atuais colegas da Câmara digam a mesma coisa agora. Não interessa, podem dizer
o que bem entenderem, pois pouco me importo com a opinião deles. Enquanto essa
lei do auxílio paletó não cair, o que espero que ocorra em breve, vou continuar
fazendo o que fiz agora.
*Advogado;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.
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