terça-feira, 22 de maio de 2012

AMAZONINO SOB SUSPEIÇÃO: NEGOCIAÇÃO OU NEGOCIATA?



Mário Frota: Amazonino agiu como uma espécie de corretor de imóveis. Uma pergunta que está na boca do povo e que não quer calar: foi negociação ou negociata?
O vereador Mário Frota (PSDB) afirmou, da tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM), que o prefeito Amazonino Mendes (PDT), depois ‘dessa trapalhada’ em que colocou nas mãos da Águas do Brasil a concessão do fornecimento de água no município, está sob suspeição e precisa explicar para a sociedade manauense a razão porque escondeu de todos, por um ano, uma negociação que deveria ser aberta, transparente, dentro dos princípios éticos e morais estabelecidos pela Constituição pátria.
Para Mário Frota, o prefeito poderia ter feito tudo o que fez, mas dentro dos limites da Lei. Amazonino agiu como se a prefeitura fosse a Arca Imobiliária - uma empresa do ramo imobiliário que no passado foi de sua propriedade. Assim, o dono de uma empresa privada pode vendê-la, arrendá-la, ou até doá-la, sem precisar dar satisfação a ninguém. No entanto, a mesma coisa não se pode fazer com um bem de domínio público. “O problema é que o prefeito, nesse episódio, por decreto passou a outra empresa o controle da concessão da água e, ainda por cima, ampliou em 18 anos o prazo do contrato. Ora, com tal gesto, feriu a Lei e deve, por isso, responder por crime de improbidade” analisa o vereador.  
Mário frota acrescentou ainda que ao longo de toda a sua vida política, nunca viu nada igual. O prefeito estranhamente manteve a negociação no anonimato, em caráter secreto por um ano, conforme afirmou. Ao agir dessa forma passou à condição de intermediário de um negócio, uma espécie de corretor de imóveis, o que, em nenhuma hipótese, se enquadra com a função pública que exerce pelo voto do povo, fato que o coloca sob forte suspeição.
A CPI da Água, em andamento na CMM, segundo o vereador, tem a obrigação de convocar o prefeito para se explicar ou, não o fazendo, estará irremediavelmente desmoralizada, sem qualquer condição de prosseguir os seus trabalhos.  “O mesmo vale para a Câmara, que deve fazer valer a sua autoridade de fiscalizadora do Poder Executivo. Não convocá-lo para se explicar no plenário, é abrir mão das suas prerrogativas constitucionais, fato que, não acontecendo, o mais decente que o presidente da CMM, Isaac Tayah pode fazer, é mandar jogar as chaves do Legislativo no meio do rio Negro”, aconselha.

Gabinete do Vereador Mário Frota
Assessoria de Comunicação
 





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